tag:blogger.com,1999:blog-15877086573036166202024-03-20T05:06:42.597-03:00Arteterapia &PoesiaTânia regina Contreirashttp://www.blogger.com/profile/00570774968981464356noreply@blogger.comBlogger44125tag:blogger.com,1999:blog-1587708657303616620.post-47394348303162382312015-11-03T14:18:00.000-03:002015-11-03T14:18:04.283-03:00Lenda alada: A outra boca<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiT9Sz-0hBhtzkizzoy1U70zSWAosLMOXnZbZwrjnFrqatdwJcHltawxJ7rgwK9GBwerc-4voPkWK1_TDSiFbFkCylAynNQ7qAkqCLrOOMgRjNR0QaZdjN1UdXfk3SV1TwuDZISkPBtc0Q/s1600/fff.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="278" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiT9Sz-0hBhtzkizzoy1U70zSWAosLMOXnZbZwrjnFrqatdwJcHltawxJ7rgwK9GBwerc-4voPkWK1_TDSiFbFkCylAynNQ7qAkqCLrOOMgRjNR0QaZdjN1UdXfk3SV1TwuDZISkPBtc0Q/s400/fff.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: center;">
<span style="line-height: 19.32px;">Imagem: Evelyn Bencicova</span></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">
<div style="margin-bottom: 6px;">
Com a vagina<br />sentia o gosto do morango<br />e a acidez dos beijos teus</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Uma vagina é uma<br />boca primitiva a sangrar<br />palavras exiladas do mundo.</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
No baixo ventre<br />as mulheres choram<br />em escarlate, e não<br />há lenços que abarquem<br />a liquidez vermelha<br />de todos os seus oceanos.</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
A vagina invadida à força<br />torna-se uma boca de<br />dentes ferinos e gigantes.</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Não, não nos esqueçamos que também somos bichos, feras!</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
</div>
Tânia regina Contreirashttp://www.blogger.com/profile/00570774968981464356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1587708657303616620.post-48831888178804707512015-09-30T16:48:00.000-03:002015-09-30T17:07:58.357-03:00Sobre Destino e Imaginação<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1QBqrFkixsIvt44VpPd_3nqZxUYortLVnwWmzf5sNVwWR_64pcEg64Xv1lHND_HYliaZqnpvJjFVKjSowIZEAqxR073rcixDtQcmwdQtbrqdDaRvFvTf2PhrQkxVpi5s1S3-z-IKZNok/s1600/DI.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="297" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1QBqrFkixsIvt44VpPd_3nqZxUYortLVnwWmzf5sNVwWR_64pcEg64Xv1lHND_HYliaZqnpvJjFVKjSowIZEAqxR073rcixDtQcmwdQtbrqdDaRvFvTf2PhrQkxVpi5s1S3-z-IKZNok/s400/DI.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No fundo, sempre acreditei em
Destino. Não de uma forma fatalista, mas de uma forma...poética! Gostava de
pensar que havia um Lugar a minha espera. Sentia-me alienígena desde menina. Logo, a
fantasia de “algum Lugar a minha espera” aplacava um tanto a Saudade do Algo
invisível, que é saudade arquetípica, hoje compreendo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nunca gostei dos Destinos
oferecidos pelas religiões e nem pagaria por eles deixando de vivenciar meus
“pecados”. Na Mitologia, eram-me simpáticas as três irmãs habilidosas com o
tear de nossas vidas. As Moiras – como são conhecidas as irmãs mitológicas que
tecem nosso Destino e cortam os fios da Vida – são uma imagem que considero
belíssima. Se não literalizamos as
imagens, elas nos revelam segredos íntimos e desvelam uma infinidade de possibilidades.
Assim, Cloto, Láquesis e até mesmo Átropos, as Moiras, não precisam ser
julgadas com tanta severidade, como muitos o fazem. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Essencialmente, o sentido de Destino
associa-se a uma possível ordem cósmica. Talvez o que não tenhamos sabido
perceber que a Mudança é uma lei cósmica que, infringida, condena-nos a um
único e implacável Destino. Não é
desconhecida a frase de Jung que, bem refletida, possibilita reflexões e
mudança de percepção sobre as nossas vidas: "Aquilo que não fazemos
aflorar à consciência aparece em nossas vidas como destino". Mas eu diria um pouco mais sobre isso, hoje,
sabedora do papel da Imaginação em nossas vidas. Compreendo a Imaginação como o “terceiro olho”
ou “olho Místico” de povos antigos, como os egípcios, de esotéricos e
ocultistas. Acredito que também este símbolo foi literalizado, como toda a
dimensão sagrada da Humanidade, que perdeu-se na concretude do mundo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ontem assisti a um vídeo postado
pelo analista junguiano Marcus Quintaes, referência na Psicologia Arquetípica
de Hillman, que me trouxe um novo olhar sobre a crise pela qual nosso país está
passando. Era um bate-papo no Café
Filosófico entre o filósofo Vladimir Safatle e a psicanalista Maria Rita Kehl.
O tema é Afeto, psicanálise e política, e um dos trechos mais interessantes da
conversa (e toda ela é muito interessante) dizia respeito ao Medo como
sentimento que nos desorienta neste momento em que precisamos não paralisar, e
o Medo paralisa. Importante a associação
Safatle fez entre esse temor que tomou todo o País, independentemente de
partidos, de orientações ideológicas. Conforme ele explica: "Nossa
imaginação se deixou bloquear; e quando nossa imaginação se deixa bloquear,
então nenhuma possibilidade parece mais possível". E agora vale a pergunta: o que Imaginação tem
a ver com Destino? Eu diria que “tudo”. O
filósofo afirma que a política brasileira tem, hoje, como afeto central o Medo.
E o Medo paralisa, bloqueia, impede-nos de usar a Imaginação para encontrar
caminhos novos e sairmos, assim, desse impasse criado pelo Medo de “sair” ou “ficar”,
medo do futuro, como se nós não fôssemos os criadores dele. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sim somos os criadores do futuro,
tenhamos ou não consciência disso. Se o
Medo nos impede de “criar” – novas possibilidades, caminhos inusitados, modelos
inéditos –, o amanhã será a ruína. Se o Medo impede-nos de Imaginar,
verdadeiramente nosso Destino já está mais ou menos traçado. Só que não. Não há
Sonho que não forje saídas, que não intua uma nova perspectiva, que não se
condense em “realidade palpável”.
Lembrando Hillman, o caminho do Imaginal
“é” a Saída. Talvez tenha sido sempre, em todos os tempos, de todas as
eras.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No livro mais popular do analista
James Hillman, O Código do Ser – uma tradução incorreta que fizeram para o que
seria O Código da Alma – , o junguiano criador da Psicologia Arquetípica
fala-nos da Teoria do fruto do carvalho, segundo a qual a árvore já está
contida no fruto. A teoria do fruto do carvalho sustenta que cada pessoa tem uma
singularidade que pede para ser vivida e que já está presente antes de poder
ser vivida. É algo como um desenho primordial do qual podemos ter,
eventualmente, alguns vislumbres e segundo o qual fazemos as escolhas que
determinam nossa vida. A ideia de Destino apresentada por Hillman tem raízes
antigas. Na verdade, a ideia veio de Platão (A República) e resume-se mais ou
menos assim: a alma de cada um de nós recebe um daimon único, antes de nascer,
que escolhe uma imagem ou um padrão a ser vivido na Terra. É ele quem nos guia
aqui. Quando nascemos, esquecemos, porém, tudo o que aconteceu e achamos que chegamos
vazios a este mundo. O daimon não esquece do que está em sua imagem e pertence
a seu padrão, e assim é considerado portador de nosso destino.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Teoria do fruto do carvalho, Daimon,
Gênio, Alma... podemos denominar de formas diferentes esse princípio. Essencial
é que compreendamos que nascemos destinados a ser quem verdadeiramente somos. Dito de outra forma, nosso futuro e nosso
potencial já estão inscritos de alguma forma em nós ao nascermos, assim como
uma semente contém toda a árvore em potencial. Considerando que cada um de nós nascemos com
um daimon, um chamado, podemos concluir que temos nossa “história particular”,
independentemente dos pais que tivemos ou do meio em que vivemos. Realizá-la é
o nosso grande desafio, porque a teoria de Hillman não exclui o livre arbítrio
e podemos, sim, contrariar nosso Destino. Podemos permitir que o Rumores
terrenos abafem a Voz que nos fala de outra instância, para além, muito além,
dos domínios do ego. E, mais uma vez, ressalto o papel da Imaginação como
portal para um caminho novo, uma estrada inédita, uma vida que possibilite
recriarmos a nossa história vivida. Este
é mais um texto-convite para a nossa vivência arteterapêutica, Traduzir-se: a
arte de contar a própria história. O
nosso Destino é nos transformarmos naquilo que somos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4GzWADMsvTeSwFGBsuQIOnvFbhH-culPniN-ghEG82BJ1h2YV3BtAVbwVN4-_6Tjt3EUqu_JySJYY2yIhyoRaoWUpq9zQPM9FrXGmGuVxgLdxyXVXIPU4vmOMOG7rPNL-2D8lW1n16hU/s1600/Trad+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4GzWADMsvTeSwFGBsuQIOnvFbhH-culPniN-ghEG82BJ1h2YV3BtAVbwVN4-_6Tjt3EUqu_JySJYY2yIhyoRaoWUpq9zQPM9FrXGmGuVxgLdxyXVXIPU4vmOMOG7rPNL-2D8lW1n16hU/s320/Trad+2.jpg" width="226" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Tânia regina Contreirashttp://www.blogger.com/profile/00570774968981464356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1587708657303616620.post-89473787853421070342015-09-16T22:01:00.000-03:002015-09-16T22:01:01.351-03:00A Arte de se reinventar com alma<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-T_VqurhvoR8U-8djPfOboDxV63j7bmusRrKHtNEjJnzoRLc2LzraQT4xXkQf2B-MPwiWHMYHT0NuuTkVmU7qgvqCU1j4ccHL6_v5_DfN7KUiKHCnmdIOc2kbSPpHmTuN60Rq8fjQ74g/s1600/Trad+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-T_VqurhvoR8U-8djPfOboDxV63j7bmusRrKHtNEjJnzoRLc2LzraQT4xXkQf2B-MPwiWHMYHT0NuuTkVmU7qgvqCU1j4ccHL6_v5_DfN7KUiKHCnmdIOc2kbSPpHmTuN60Rq8fjQ74g/s640/Trad+2.jpg" width="451" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No universo xamânico, há uma cura
física, anímica e espiritual muito intrigante conhecida por O Resgate da Alma. Tive a oportunidade de vivenciá-la certa vez
por meio de um índio nordestino da tribo kariri xocó e, embora “curada” do mal
estranho que me afligia, fiquei por muito tempo intrigada com aquele processo
primitivo de cura, cujo mistério não consegui, então, decifrar. Eu viera de
alguns dias de descanso na Chapada de Diamantina e fiquei, por um tempo
razoável, com a sensação de ausência de mim mesma. Poderia ter procurado um
médico, mas intuí que o índio sobre o qual me falaram e que estava hospedado
aqui na cidade poderia me sugerir algo que me tirasse do “lugar nenhum” onde eu
parecia estar. E fui até ele, mais por curiosidade, confesso.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O índio me recebeu e me fez uma
pergunta: “Está menstruada?”. Eu estava. Pediu-me que avisasse sobre o final do
sangramento e avisei. Ele, então, informou-me o dia em que me visitaria em
sonhos e no sai seguinte eu voltaria a ele. E voltei. O curador indígena me
perguntou se eu havia estado em algum lugar com águas e informei-lhe que havia
voltado recentemente da Chapada. Ele me explicou, em seguida, que uma parte da
minha alma havia ficado presa nas águas. Um homem moreno teria feito isso sem
nenhuma intenção ruim, mas a verdade é que parte da minha alma ainda estava lá.
E fui encaminhada para um quarto de atendimento improvisado, o índio acendeu o
cachimbo, girou em torno de mim, murmurou algumas palavras das quais não me
lembro e soprou, segundo me explicou, a alma de volta a mim. Saí de lá inteira,
sem mais a sensação de ausência, porém intrigada. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mircea Eliade, famoso historiador
de religião romeno diz em seu livro “Xamanismo, Técnicas Antigas do Êxtase”:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“A principal função do xamã na
Ásia Central e do Norte é a cura mágica. Nessas regiões pode se encontrar
diversas concepções da causa da doença, mas aquela da “violação da alma” é de
longe a mais comum. A doença é atribuída ao afastamento ou ao roubo da alma, e
o tratamento em princípio resume-se em encontrá-la, capturá-la e obrigá-la a
retomar seu lugar no corpo do paciente. Apenas o xamã vê os espíritos e sabe
como exorcizá-los; apenas ele reconhece que a alma se afastou e é capaz de
alcançá-la em êxtase e trazê-la de volta ao corpo”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Comecei a pensar nos xamãs
modernos – terapeutas, analistas, psicólogos – e questionar sobre as suas
habilidades em trazer as partes de almas que ficaram presas em lugares
psíquicos, gerando ausências. Pensei
também na psicologia junguiana e pós-junguiana. Lembrei-me de Hillman e de sua
psicologia arquetípica, que propõe o “fazer alma”, o "soul making". O conceito do Resgate da Alma dos xamãs parte
do princípio de que a alma humana, em circunstâncias extremas e traumáticas,
retiram-se para uma vida paralela, passando a viver em segurança precária, sem
evolução. De algum modo, modernamente podemos, também, falar da ausência de
partes de nossas almas e da ausência de sentido para a vida.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nossa vivência (Traduzir-se: a
arte de contar a nossa própria história) é uma releitura psicológica do
primitivo trabalho de regate da alma. Aqui o terapeuta – não o xamã – será o
guia nessa jornada em busca da Alma. A
proposta de reescrevermos nossa história é, de antemão, um convite a
revisitarmos territórios psíquicos esquecidos, revermos páginas envelhecidas de
nosso “livro de memórias”, trazer à luz nossas ficções, almar as passagens de
nossa história que se abriram em
feridas, dores pulsantes, desvirtuando nossa caminhada em direção a nós mesmos.
O passado não se muda, é verdade, mas mudamos o olhar, descobrimos que é
possível rever o que vivenciamos com um sentido estético, encontrando a Beleza,
que, ausente, desbotou o colorido de cada dia vivido.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Haverá momentos de silêncios e introspecção,
mas também de criação e partilhas em volta da fogueira. Vamos contar a nossa
história e recuperar a vitalidade imaginativa, fundamental para a saúde
psíquica. Fica o convite!<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<o:p></o:p>Tânia regina Contreirashttp://www.blogger.com/profile/00570774968981464356noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1587708657303616620.post-77324578463416401782015-09-07T21:44:00.001-03:002015-09-07T21:44:50.187-03:00A minha história<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNssnJCmJzuW2ng0AByKhLlt0epv2njawV6uD2AHZGEe1Ob26JMptkB9hHem5EiFytlnei12o4BCDU0wUL2luh0GbxwXG2V5LgvyBXx0IbHXs8wRsb64YKm27NvaZG0wxwFFS7ArocyMc/s1600/Trad+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNssnJCmJzuW2ng0AByKhLlt0epv2njawV6uD2AHZGEe1Ob26JMptkB9hHem5EiFytlnei12o4BCDU0wUL2luh0GbxwXG2V5LgvyBXx0IbHXs8wRsb64YKm27NvaZG0wxwFFS7ArocyMc/s640/Trad+2.jpg" width="452" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eu cresci ouvindo histórias.
Algumas contadas pelo meu pai e pela minha mãe, outras ouvidas das bocas
nativas no interior onde cresci e em outros que visitei. E cresci também ouvindo, no mínimo e sempre,
duas versões diferentes de uma mesma história. Meu pai explicava sobre o
folclore e apartava definitivamente qualquer parentesco das lendas com a
realidade. Minha avó (mãe do meu pai) ensinava sobre o poder do canto das
sereias, e afirmava que nenhum pescador estava imune ao feitiço vindo das
águas. Meu pai contava muitas histórias, lia livros quando não sabíamos ler,
comprava muitos livros e brincava com a imaginação. Mas fazia questão de deixar
clara a diferença entre o “conhecimento” e as “crendices”. Minha avó era
crendice pura, e aquilo fascinava. Fui
uma criança excessivamente imaginativa. Mas, em algum ponto da caminhada, a
imaginação abandonou-me. Caminhei por um
bom tempo em linha reta, extenuada pela aridez da “realidade”, esse deserto sem
oásis. Até que, essencialmente, a Arteterapia me salvou de mim mesma. Essa
terapêutica é uma espécie de evocação à criança perdida no caminho, e, quando
nos abrimos, seu resgate subsequente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas os “encontros” ainda se
dariam. A dedicação a estudar Jung e
autores outros que pudessem ampliar minha sensibilidade não foi o suficiente
para amenizar a sensação de que a Psicologia carecia de “poesia”. Porque a
poesia sempre foi uma paixão e um caminho. E eis que um sonho, sonhado
dormindo, me mostrou pegadas poéticas nas areias Psi. James Hillman viera, então, traduzir e dar
amparo ao meu anseio. Junguiano, criador da Psicologia Arquetípica, considerado
um dos expoentes da psicologia pós-junguiana, Hillman denunciou a “ausência de
alma” na psicologia (o que eu chamava de “falta de poesia”) e recuperou o
status da Imaginação, enquanto aspecto importante da Realidade, a sua
contraparte, poderíamos dizer. E um
pouco mais poderia falar aqui da Psicologia Arquetípica – esse é um mundo que
ainda começo a descortinar –, mas deixo aqui o convite para a vivência como
oportunidade de conhecer e experimentar uma abordagem “almada”, como ele
propôs. A ciência não dá conta da Alma.
É preciso estreitar nossas relações com a Poética. A vida que vivemos não
merece uma leitura restrita a dores, transtornos, perdas, traumas, angústias,
clichês que empobrecem qualquer história e impedem um novo olhar. Não que não
tenhamos vivido tudo isso – até podemos e certamente essa é a crença da maioria
–, mas não “exatamente assim”, como nos contaram e como nós próprios
contamos. A proposta da vivência é um
novo olhar sobre a nossa história. O que
foi vivido... foi vivido. Mas a maneira de compreender e os sentidos usurpados
da nossa história através da exclusão da dimensão imaginativa são
“reencontrados” por meio de olhos encantados, por meio da Alma. E, assim,
podemos contar a nossa história de outro ponto de vista, do ponto de vista da
Alma, que esteve tanto tempo ausente e é nossa convidada especial. É também desejo nosso – numa segunda etapa
dessa vivência – organizar um livro com todas as histórias recontadas, num
contexto onde a Arteterapia Junguiana e Pós-junguiana servirá de pano de fundo.
<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para que o trabalho continue
sendo uma surpresa, posso apenas adiantar que será um trabalho profundo, onde a
Arte será a linguagem predominante.
Algumas técnicas arteterapêuticas serão utilizadas com o propósito de
acessarmos o mundo imaginário povoado de vidas reais. Teremos a presença de
Afrodite. Beleza e Alma garantidas. O resto será Poesia, devolvendo-nos as
cores originais das nossas imagens. Tudo na Natureza. Fica o convite.<o:p></o:p></div>
Tânia regina Contreirashttp://www.blogger.com/profile/00570774968981464356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1587708657303616620.post-35949320981757204172015-05-11T17:52:00.004-03:002015-05-11T17:57:55.238-03:00Me ajuda a olhar?<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBIyVkIxLA_58hRtpqxVkzjU3Pwr3BCvCQDpyrbpm4RHxt-Iv_yAJPejYKicd4s1LDTERgXDojlc7d3DaBKIZVkvPl-7XMVapy615ly67yCx2JG38-a4zRJiN6KwSPOvtgeZ_gX4f8N6o/s1600/qqq.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="251" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBIyVkIxLA_58hRtpqxVkzjU3Pwr3BCvCQDpyrbpm4RHxt-Iv_yAJPejYKicd4s1LDTERgXDojlc7d3DaBKIZVkvPl-7XMVapy615ly67yCx2JG38-a4zRJiN6KwSPOvtgeZ_gX4f8N6o/s400/qqq.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<i>Imagem Web</i></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A lua exerce um fascínio eterno
nas pessoas. Resistiu ao desencanto que assolou o mundo, ao tédio das retinas,
à vulgarização do sublime. Cada olhar em direção à Lua cheia é um espanto que
não enfraquece, e é sempre um olhar primeiro numa sucessão infinita de olhares
estreantes. O homem foi à Lua, mas São Jorge continua lá, e a luz emprestada ao
satélite ainda faz com que os olhos brilhem. É preciso encontrar tempo e espaço
para olhar a Lua, as estrelas, estabelecer um contato amoroso com elas e
utilizá-las como portais para outras dimensões de nós mesmos. Dimensões
desconhecidas, quem sabe extasiantes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Umas das causas do consumo
excessivo de drogas, por parte de garotos e garotas, é justamente a deficiência
imaginativa. As cataratas que obstruem a beleza das coisas ínfimas. A pessoa
imaginativa produz seus devaneios naturalmente.Que podem ser belíssimos.
Contudo extirparam o órgão imaginativo dos homens. Eles já não semeiam
realidades com sementes oníricas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Muitos jovens sentem-se
entediados em locais onde a Natureza é a grande estrela. Dizem não ter nada
para fazer lá. Porque olham com descaso a flor solitária nas dumas de areia.
Porque não sabem ver na majestosa solidão da flor uma metáfora para
comportamentos e sentimentos humanos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Também falta ternura. E ternura é
algo na maioria das vezes desconhecido.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas o ser humano haverá de
esgotar sua fome exacerbada pelos desejos materiais, e então terá início um
apetite de ternuras, um anseio por asas, o orgasmo do olhar diante da beleza da
mulher, do homem, das espumas do mar..<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E volto a lembrar o poder do
satélite com luz emprestada. Também dou-me conta do brilho da escuridão. A
escuridão tem luz íntima, voltada para dentro, e um dia talvez todos possam
enxergá-la. Do mesmo modo, a luz cria trevas ofuscantes, fogo derretendo íris.
É preciso não esquecer que, sim, há muitos mistérios não desvendados pelas
nossas vãs filosofias.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Também o esplendor das palavras
se perdeu. Resta-nos apenas clichês sacralizados com os quais se evoca o
Divino. São delírios maculados pela insanidade dos que sustentam um Deus com os
dízimos. Eles mal olham pro céu e nada entendem sobre constelações. Toda a sua
energia é gasta para combater o Demônio. A esses, só o Demônio poderá salvar. E
aí talvez consigam promover o encontro entre seus olhos e o céu estrelado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Acho que essa história traduz a
minha direção principal no exercício da Arteterapia:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A função da arte<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Eduardo Galeano</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Diego não conhecia o mar. O pai,
Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para o Sul. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ele, o mar, estava do outro lado
das dunas altas, esperando. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando o menino e o pai enfim
alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na
frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto fulgor, que o
menino ficou mudo de beleza. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E quando finalmente conseguiu
falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- Me ajuda a olhar!<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os olhos encantados precisam de
outros olhos para dividir o fulgor. E assim vamos semeando sonhos...<o:p></o:p></div>
</div>
Tânia regina Contreirashttp://www.blogger.com/profile/00570774968981464356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1587708657303616620.post-1227961136158821282015-05-11T17:25:00.002-03:002015-05-11T17:26:17.043-03:00 Pólen no olhar<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrzm7h6g35dXvhitrya37Aon7fY1IM759e1wL1Tyvx92xiJhq7TxNI2-eueSI14q1z9HDutbntgAZ-iFXKHSh0RMdqfOiHxB7aONzQO8gpSfOgx8dybYEahdKhPjy1bdV2ZjHDwaZUiMk/s1600/John+Ballou+Newbrough.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="281" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrzm7h6g35dXvhitrya37Aon7fY1IM759e1wL1Tyvx92xiJhq7TxNI2-eueSI14q1z9HDutbntgAZ-iFXKHSh0RMdqfOiHxB7aONzQO8gpSfOgx8dybYEahdKhPjy1bdV2ZjHDwaZUiMk/s400/John+Ballou+Newbrough.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Arte: John Ballou Newbrough</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-small;">(Dedico aos colegas Arteterapeutas )</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nas minhas ficções pessoais
enquanto arteterapeuta, às vezes imagino que sou aprendiz de borboleta, cuja
função na vida é, essencialmente, polinizar olhares desencantados. Digo-me aprendiz, porque creio que todo
terapeuta é sempre um aprendiz de si mesmo, e os pacientes são fragmentos de
sua própria Dor materializada. No fundo, imagino que um dia alguns se
reconhecerão estrelas de uma mesma constelação há muito desmanchada. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Esse é também o Devaneio que
alimenta a loucura de amar a humanidade, o paraíso do chão, onde os deuses
enfraquecem homens e mulheres e atiram os animais numa selva insólita e
petrificada, entregues a sua própria sorte. Sim, é preciso amar profundamente o
que é humano, o que ainda rasteja, alheio a asas que clamam por libertação. Acredito
que esse deva ser o Primeiro Mandamento para aqueles cujo destino é cuidar do
outro, conhecer a textura subjetiva dos seres humanos. É preciso amar o pó da
terra como amamos o brilho das estrelas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dentro dessa percepção,
questiono-me sobre o papel real das religiões, indago-me a respeito dos
instintos artificialmente domados, da imposição de “caminhos da salvação”
estreitos, sufocantes, paraísos forjados de modo a desmerecer o que humano, a
obscurecer a Beleza terrena, a negar a possibilidade de se viver o sagrado por
meio de cada gesto profundamente humano.
Talvez, de tanto buscar no alto o sentido da existência, desaprendemos a
olhar o sagrado do chão, a Escuridão humana, em cujo ventre encontra-se a Luz.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O fato é que fomos, pouco a
pouco, rejeitando a nossa humanidade, rotulando nossos ímpetos criativos mais
primitivos de “pecado”, entediando as nossas retinas com clichês fantasiosos de
Beleza e Felicidade. Temos ânsia de Eternidade
e vamos caminhando em frente, com passos apressados, ávidos pelos paraísos que
se encontram sempre mais à frente. Nesse caminhar horizontal, vamos perdendo a
vida, deixando pelo caminho a Seiva. Artificializando a Existência. É preciso
verticalizar a caminhada e conhecer as nossas profundezas. É preciso vivenciar a plenitude das coisas
ínfimas; encontrar a diversidade de paraísos terrenos; encarar “a ferida que
não cicatriza nunca” de uma nova forma, com um olhar metafórico, que encontrará
uma infinidade de sentidos – com os matizes claros e escuros – para toda e
qualquer experiência vivida.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O que vivenciei no processo de
formação em Arteterapia legitima a minha ficção pessoal, a minha metáfora
íntima de borboleta polinizadora. Havia
pólen no olhar de quem me ensinou a amar a Arteterapia. Meu mundo largou-se,
coloriu-se, abriu espaço para a Beleza. Usando uma expressão hillmaniana, fui
reaprendendo a “fazer alma”. E hoje
compreendo que o papel da Imaginação é fundamental em toda terapêutica. Muito mais do que antes, também compreendo que
é preciso ir além da realidade para encontrar o Real. Já não quero ver, apenas; quero “transver” –
desejo despertado pelo inesquecível poeta Manoel de Barros: “O olho vê, a
lembrança revê, e a imaginação transvê”. Só através da Imaginação o homem pode
lançar-se a uma nova dimensão da vida, deixando para trás o ordinário e
conectando-se com a alma das coisas. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tudo isso me faz lembrar do tão
falado “terceiro olho”, pelos esotéricos, por algumas correntes
espiritualistas, uma e outra religião.
Consta que o terceiro olho é a origem da intuição e corresponde a uma
possível glândula entre os nossos olhos humanos, visíveis. Existem, entre eles, inúmeros exercícios para
desenvolver esse olho oculto, a intuição. Pois eu creio que não há exercício
melhor do que o ato imaginativo para desenvolvermos não somente a capacidade
intuitiva, mas também para curarmos os nossos olhos, desliteralizar a
percepção, transformando-a em Imaginação.
A Poesia como olhar – não meramente como gênero literário – é a única
saída que nós, a Humanidade, podemos ter. <o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nossas imagens pessoais foram adulteradas,
falsificadas, pela literalização da existência. A herança cartesiana teve força
suficiente para literalizar até mesmo os símbolos. E só podemos reverter o embotamento, a
cegueira dos homens para a alma das coisas, se nos dermos conta de que apenas
enxergamos, já não vemos. Ou apenas vemos, quando é preciso transver. Evocando
Clarice Lispector, poderíamos dizer que as linhas cartesianas esmagaram as entrelinhas, onde mora a Alma. E mais uma vez chamando em meu socorro o
poeta Manoel de Barros, um alerta: "As coisas não querem mais ser vistas
por pessoas razoáveis. Elas desejam ser olhadas de azul.” E nós podemos, sim, enxergar o divino azul
humano aqui na Terra. <o:p></o:p></div>
Tânia regina Contreirashttp://www.blogger.com/profile/00570774968981464356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1587708657303616620.post-25306891192162960592014-07-29T19:20:00.002-03:002014-07-29T19:40:12.647-03:00Arteterapia: saber para melhor sentir...<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCRZi1WgwhRjwbUoKT9Io2fbUNLJZuv2Ufxpj_GaqmfLlPPnhQydEn88hJMBYh3H4BHdW2jS5XnikDykNS-yE04mCEDK-a4XTKslQU6yU4hsjpRiMTcAQm7CeqMRWT8jqpZnMPrdsuW70/s1600/Diane+Shenandoah+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCRZi1WgwhRjwbUoKT9Io2fbUNLJZuv2Ufxpj_GaqmfLlPPnhQydEn88hJMBYh3H4BHdW2jS5XnikDykNS-yE04mCEDK-a4XTKslQU6yU4hsjpRiMTcAQm7CeqMRWT8jqpZnMPrdsuW70/s1600/Diane+Shenandoah+2.jpg" height="400" width="342" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Arte: Diane Shenandoah</span></div>
<br />
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i><span style="line-height: 115%;">“Quero saber para
melhor sentir e sentir para melhor saber.”<o:p></o:p></span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i><span style="line-height: 115%;">(Paul Cézanne)<span style="font-size: x-small;"><o:p></o:p></span></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sempre há alguém perguntando o
que é, mesmo, Arteterapia. Sempre, o equívoco de que a expressão artística por
si só seja a mola propulsora da Arteterapia. Não, não é. Se assim fosse,
bastaria criar. Criar é muito e transforma. Mas a Arte, na Arteterapia, é
mediadora. Através dela, podemos nos relacionar com o universo íntimo,
singular, de cada paciente. Há quem prefira falar “cliente” – eu não gosto. Mas
também não me sinto confortável em utilizar a expressão “paciente”. Mas, em falta
de um nome ideal, chamemos de “paciente” aquele que se submete à terapia que
tem a Arte mediando, fazendo a ponte entre o mundo consciente e a dimensão
inconsciente da psique. Pois então: a Arte é mediadora. É importante
conhecermos diversas modalidades artísticas; e, na formação, experimentamos
muitas delas. Outra dúvida que sempre surge é quanto à necessidade de o arteterapeuta
ser um artista, ter uma formação anterior ligada às artes. Não, não é preciso.
Se assim fosse, todo artista, toda pessoa formada em Artes seria um bom
arteterapeuta. A Arteterapia une Arte e Psicologia. E essa é uma união que não
pode se dar de forma artificial e forçada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A Arteterapia precisa de uma base
teórica. A relação do paciente com sua criação se dá de forma espontânea,
através de sua observação, sua percepção, seus sentimentos e <i>insights. </i>O arteterapeuta precisa de uma
ou mais linhas de pensamento teórico que o conduza. Por isso existem várias
abordagens na Arteterapia: Arteterapia com abordagem junguiana; Arteterapia gestáltica;
Arteterapia transpessoal, e por aí vai. Cabe ressaltar, desse modo, que é
imprescindível que uma ou mais correntes psicológicas sejam condutoras nessa
modalidade terapêutica. Não cabem invencionices, como estamos vendo acontecer a
todo instante, chegando ao absurdo de existirem pessoas autodenominando-se “arteterapeutas”
e anunciando atendimento a distância, sugerindo que se envie desenhos,
pinturas, enfim, algo que em nada condiz com a Arteterapia séria, que não prescinde da observação de todo o processo criativo, e não apenas o resultado final, sem falar em
todos os estágios necessários para o conhecimento do paciente e a criação de
vínculos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O arteterapeuta, como todo
profissional que atua nas áreas psicoterapêuticas, precisa estudar
constantemente e conhecer os novos caminhos apontados pela Psicologia. Se assim
não for, estarão estagnados, apenas repetindo fórmulas e desvirtuando a
essência de um trabalho que necessita, sempre, de Alma. O conhecimento da
História das Arte e de todos os movimentos artísticos ao longo dos tempos é
bem-vindo, porém não é essencial. Pouco importa se a criação do paciente tende
para esse ou aquele estilo; o que conta, de fato, é a forma como podemos “escutar”
o que ele – o paciente – diz através de sua elaboração artística, através de
seu processo de criar, através de sua fala, seu olhar, suas emoções. Não
raramente, um arteterapeuta é solicitado por algum conhecido ou amigo a “interpretar”
o desenho de um filho, uma pintura, uma criação artística. Isso não existe,
precisamos informar. Primeiro, porque – acredito eu – não é trabalho de um arteterapeuta
“interpretar” nada. Cabe ao profissional acompanhar cada passo no fazer
artístico, cada expressão do paciente, dificuldades, observações, associações,
e intervir, com base também nos conhecimentos teóricos, mas sobretudo com
Alma, intuição, ajudando o paciente a revelar-se a si mesmo, tendo a Arte como
mediadora. Embora aprendamos técnicas diversas, não podemos ignorar que cada
paciente é um universo, cada momento solicita de nós percepção, flexibilidade,
intuição para alcançarmos mais um degrau em direção à dimensão desconhecida
daqueles que nos procuram. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na abertura do meu trabalho
arteterapêutico, costumo utilizar a Poesia sempre – uma modalidade artística
ainda pouco explorada na Arteterapia –, como uma forma de sensibilização para a
entrada numa dimensão metafórica. A partir daí, seguimos com reflexões do
paciente, fazendo ponte entre o que leu e sentiu e o seu mundo, seus
sentimentos, suas vivências. Num momento posterior, trabalhamos uma modalidade
artística que amplie as questões emergentes e caminhamos no sentido de elaborações
e revelações através da criação. Os resultados são surpreendentes e, ao longo
das sessões, não raro os próprios pacientes encontram pontos de interseção
entre trabalhos realizados anteriormente.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O importante é que deixemos claro
que Arteterapia não é simplesmente “fazer arte”. Tampouco é “interpretar”
desenhos, esculturas, pinturas etc. A linguagem artística em muito se assemelha
aos sonhos. Temos diante de nós algo que fala por si só, trabalhos cujo
entendimento passa pelo “sentir”. Sim, é preciso que o Arteterapeuta beba em
várias fontes. É preciso “saber”. Mas, saber para “sentir”. Paul Cézanne,
considerado o fundador da arte moderna, registrou: “Quero saber para melhor
sentir e sentir para melhor saber.” Eu diria: Quero saber para melhor sentir e
sentir para melhor saber, e saber para melhor sentir...numa relação incessante entre a
mente e o coração que possa, o tempo todo, vivificar a Alma. <o:p></o:p></div>
Tânia regina Contreirashttp://www.blogger.com/profile/00570774968981464356noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1587708657303616620.post-17818269379836071232014-06-26T23:42:00.000-03:002014-06-26T23:57:51.181-03:00Amor não é patologia<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2OWyHTFTYs5gilyeIn6mR6y58kxM51DrwTheUzHrz7UkdYqafLfjMvYs7ajv95oMmsw7o6pSJJi3oOGRtlJ4-3vArKAf6J_NMgKEeJszI7irxttuyBWPMAVeIZbczh-6VAcKoOed3EmQ/s1600/gato.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2OWyHTFTYs5gilyeIn6mR6y58kxM51DrwTheUzHrz7UkdYqafLfjMvYs7ajv95oMmsw7o6pSJJi3oOGRtlJ4-3vArKAf6J_NMgKEeJszI7irxttuyBWPMAVeIZbczh-6VAcKoOed3EmQ/s1600/gato.jpg" height="224" width="400" /></a></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sempre me achei uma pessoa
sensível. Cheia de paradoxos, mas sensível. As dores que vinham do mundo para a
minha alma, doíam. Doeram sempre. Muito. Ainda doem. Ascendente em peixes, aqueles
que no zodíaco morrem com o outro. Isso explica parte da sensibilidade, não
toda. Astrologia não é acadêmica, portanto isso tem pouco valor pra você –
acadêmico, mestre, doutor. Não constou dos vossos currículos e cheira a
misticismo. Já pensei assim também. Mas fui pesquisar. Tive uma postura “científica”,
como sempre tenho; mas estou aprendendo a usar e a confiar na minha via
intuitiva. Bem, mas fui pesquisar a astrologia depois de ganhar um presente
forçado, do qual não pude declinar: uma então amiga astróloga ofereceu-me o meu
mapa natal de presente de aniversário. Esquivei-me o quanto pude, mas não pude
prolongar muito os meus dribles. Fui fazer o tal mapa. Ok, isso não é “acadêmico”,
mas – embora o mapa tenha sido interpretado por uma pessoa com limitações na
sua função, porque há “astrólogos” e “astrólogos” – surpreendi-me com o
resultado e obtive respostas que nenhuma terapia, nenhuma análise, nenhum
médico, nenhum tratado de magia, nenhum pai-se-santo, nenhuma cigana me responderam. Porque gosto de ler sobre tudo, experimentar, verificar de perto.
E busquei muitos caminhos, em vão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Óbvio que fui buscar livros de
astrologia pra ler. Tentei chegar o mais próximo que pude da astrologia antiga,
ainda pura, ainda ciência. Pouco se encontra a esse respeito que possa ser
levado a sério. Mas fui. Fiz analogias. Entendi que todo nascimento, inevitavelmente,
ocorre em sintonia com o Cosmos. Que refletimos aspectos do cenário cósmico.
Ok, isso não é “acadêmico”, mas eu jamais limitarei meu saber somente à academia.
Gosto de ouvir versões antigas. Gosto de querer encontrar o começo das coisas.
Gosto muito de acreditar que todos os saberes igualam-se em valor; sejam eles
acadêmicos, sejam populares.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas não era nada disso que eu ia
falar. Ia falar sobre bichos, como gatos e cachorros. Sempre respeitei os
cachorros, os gatos. Sempre me despertaram ternura. Mas nunca me envolvi
intimamente com nenhum deles. Isso foi acontecendo aos poucos. Cachorros de
sobrinho pra cá, gatos de irmã pra lá, cachorros de amigos acolá, até
aparecer Bianca, gata de rua alimentada por minha irmã , que chegou, pariu,
ficou. Operada, não tem mais cio, virou um grande bebê. E fui convivendo com
ela, observando, aprendendo. O gato sempre me atraiu pela sua independência.
Mas Bianca ensinou que eles amam, eles fazem carinho e também, como o cachorro,
afeiçoam-se aos seus donos-pais de uma forma muito bonita. Encantei-me e
encanto-me com ela. Toquei nesse tema para trazer à reflexão o sentimento de
amor pelos animais. Tem crescido bastante o número de pessoas que adotam
animais e se apaixonam por eles. Tem aumentado em número as vozes que dizem
amar mais aos animais do que aos seres humanos. Muitos ainda consideram esse
amor uma patologia séria e não admitem, simplesmente, que se ame mais a um ser
de um reino dito “inferior”. Eu sou da
linha dos que acreditam que não há reino “superior”; há reinos diferentes, mais
complexos, mas desenvolvidos, mas nunca “superior”. Para as pessoas que se acham
mais sensíveis, evoluídas porque não comem carne, eu sempre questiono por que
comem vegetais. Porque acredito que o reino vegetal também precisa de amor.
Enfim, não há reinos inferiores.<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Como eu falei antes, cresce o
número de pessoas que sofrem mais com a morte de seu cão ou seu gato do que com
a morte de uma pessoa amiga. Às vezes até parentes. E dizem que isso é patologia,
não é. Eu amadureci, criei laços mais íntimos com os animais domésticos – falo do
cão e do gato, porque já fui íntima de galinhas, porcos, patos... –, e hoje, mais
do que antes, compreendo perfeitamente a escolha desse objeto amoroso de quatro
pés, que são os mais adotados. Não, não é patologia amar. Não importa a quem ou
ao quê se ame. O mundo, cada vez mais, é habitado por seres humanos que
desconhecem o amor. Que veem no amor barganha, conveniência, projeções
midiáticas de beleza e poder, ou o toma-lá-dá-cá... E os gatos e os cães incondicionalmente
amam. E inevitavelmente são amados. A pureza do amor emitida pela luz do olhar
de um cão é comovente e sensibiliza e emociona muito. Amar um ser assim mais do
que se ama um amigo ou parente não é patológico.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Estou pensando em, assim que
puder, adotar um filhote de gato, já que de onça, como eu gostaria, não é
possível. Tenho amado e me se sensibilizado mais os animais. E percebendo como
somos prepotentes em achar que somos superiores, que merecemos mais o amor do
que os bichos!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Bom lembrar que a Dra. Nise da
Silveira utilizava a presença de gatos junto a seus pacientes psiquiátricos, esquizofrênicos,
e que muitos reagiam positivamente, interagiam com os gatos, embora não o pudessem ou não o quisessem fazer com os humanos. Não conheço bem a explicação “científica”
para isso. Mas “sinto”, “intuo” que os “loucos” sentem a emanação da energia
amorosa dos bichos, dos gatos. Como sentem também a agressividade de autodefesa.
Eles sentem a essência do bicho, sentem, inconscientemente, ou nem tão
inconsciente assim, que podem confiar. Que podem amar. Que são, incondicionalmente,
amados. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não, amar mais os animais do que
as pessoas não pode, de um modo geral, ser encarado como patologia. Quem
convive com animais sabe o que é ser amado por bicho. E não há como não
retribuir esse amor amando profundamente. Amor não é patológico. Amor, amor, não!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Tânia regina Contreirashttp://www.blogger.com/profile/00570774968981464356noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1587708657303616620.post-75055487634432593912014-06-08T19:33:00.000-03:002014-06-10T10:54:13.828-03:00Palavras sem Alma<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEize8lVWwDUie5NGLTO9oIfkhAjufXT47jbKzimorGOL4gfb5ARrasHTdNkKQrS-puA3stOpB5rLLciHvr4tsxm4gXBXtl5q_ZUnhzGqB0UTicIZAJkXhHJNDAoKJw1P2PaxOBCfe9GFGA/s1600/soulless-lr.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEize8lVWwDUie5NGLTO9oIfkhAjufXT47jbKzimorGOL4gfb5ARrasHTdNkKQrS-puA3stOpB5rLLciHvr4tsxm4gXBXtl5q_ZUnhzGqB0UTicIZAJkXhHJNDAoKJw1P2PaxOBCfe9GFGA/s1600/soulless-lr.jpg" height="400" width="356" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
Imagem web (autoria desconhecida)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sim, dei para duvidar das minhas convicções. De repente, tudo que não ofereça espaço para a dúvida parece-me suspeito. Quanto mais sólida a certeza, maior o abismo que me esperará adiante – dei pra pensar. Esse é um estado ao qual não sei denominar, mas o sinto como fonte fundamental de vitalidade em momentos cíclicos de minha vida. Por mais que insistamos em afirmar que não perdemos a destreza, não enferrujamos com os movimentos mecânicos, o pensamento linear, a rigidez da lógica cartesiana, nossa linguagem desmascara-nos para nós mesmos, se tivermos a disponibilidade de observá-la. Tem faltado Alma à linguagem acadêmica, científica. Isso me cansa, confesso. Desvitaliza-me se, ciclicamente, eu não me deixar arrastar pela torrente das dúvidas, vagar pelas vielas movediças, erguer um altar temporário para o deus das incertezas. Até que alguma salvação miraculosa traga-me de volta ao “porto seguro” das Verdades Comprovadas – a ilusão oficial que exige a sua quota de atenção.</div>
<div style="text-align: justify;">
Passo fases mergulhada nas leituras, anotando referências, confrontando teorias, refletindo, “enrijecendo” os músculos da Imaginação. Depois caio em Devaneios. Açoito as margens das águas enfurecidas. Encho-me de amplitudes e me perco. Ouvindo a voz do meu eco a bradar: “Tem alguém aí?...Alguém me escuta?”. Não, não me escutam. Habito, provisoriamente, o Grande Deserto. Avanço para o clarão sedutor do Nada. Até me chocar com a tábua de salvação que me protege de um território desconhecido, de onde poucos voltam. </div>
<div style="text-align: justify;">
Há, contudo, nesses ciclos aparentes, um movimento em espiral. Nunca volto ao mesmo ponto de onde havia partido. Algo vai acontecendo, e mais uma vez não sei denominar. Tenho brigado cada vez mais com as palavras. Elas chegam simulando ondulação e fendas. Propagando traiçoeiramente uma nova ordem. Como vinho barato, trazem uma embriaguez presunçosa de amanheceres nublados. Fazem as batidas do coração tornarem-se fracas. As palavras sem Alma corrompem a nossa língua secreta. Persuadem-nos pela asfixia.</div>
<div style="text-align: justify;">
Salva-nos a Arte, quando nos deixamos tocar por ela. Salva-nos a Poesia em suas diversas roupagens: as letras ébrias a dançar uma dança que inclui atavismos e silêncios. Salva-nos as tintas engendrando mundos inimagináveis. O barro, modelando seres pelas nossas mãos tantas vezes rijas. O Delírio, que é concebido no ventre da Dúvida, e respira por brechas. Salva-nos a Insensatez e a Transgressão. A insanidade do verbo, como teria dito o poeta Manoel de Barros.</div>
<div style="text-align: justify;">
Desconfio de que, intimamente, estou em franco processo de desaprendizagem. Se isso for uma ilusão, é uma ilusão que me acalma. Não é fácil desaprender. Por mais evidências de rejuvenescimento que o morrer constante proporcione aos que cobiçam a juventude eterna, muito poucos se dispõem a velar seus defuntos íntimos. Só os deuses sabem quantas vezes já velei a mim própria: ora contrita, em silêncio nebuloso; ora, embriagada pelo perfume da Morte. Contudo, o Despertar recorrente não levanta o véu que esconde a matriz do Mistério. Às vezes pressinto que a Eternidade, o Infinito, é só o cansaço de braços que desafiaram a correnteza. </div>
<div style="text-align: justify;">
Outro sintoma da desaprendizagem parece ser o Esquecimento. Não um esquecimento qualquer, mas aquele que nos coloca em vertigem constante. Uma específica perda de memória obriga-nos, em alguns momentos, a lançar mão de alguma espécie de conhecimento que não se apaga nunca. Sim, não há denominação, terminologias, não nos adianta buscar o socorro nas palavras: elas não vêm. E, no entanto, não somos simples desmemoriados. Não lembramos, mas sabemos. Simplesmente.</div>
<div style="text-align: justify;">
Afinal, não sei bem do que queria falar. Talvez da ausência de Alma nas palavras. Não basta que elas traduzam o rigor de um mundo medido, contado, referenciado, comparado, evocando, com ardil, uma isenção sedativa, uma paisagem sem os abismos atávicos que nos impulsionam a ir, verdadeiramente, além do previsível. Os Verbos necessitam de Alma. Pensando bem, acredito mesmo que uma outra lógica nos mantém VIVOS – a lógica do imprevisível! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Tânia regina Contreirashttp://www.blogger.com/profile/00570774968981464356noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1587708657303616620.post-19829138269040292622014-06-07T23:12:00.002-03:002014-06-08T08:04:32.544-03:00O garimpeiro tem que entender o cascalho<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6rn1pN4011j38x67fwnuSgzLVxqDr1YYE29aKlY33lmXsNjVybCQTbEfamgDO05EG-l8BVU11Su89NwgimyK-usmYoDO1S_s9khyiTr4hxUAYzdiYzOjjh3ZN4xNYtflLABY0Trhmqus/s1600/El+color+en+los+diamantes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6rn1pN4011j38x67fwnuSgzLVxqDr1YYE29aKlY33lmXsNjVybCQTbEfamgDO05EG-l8BVU11Su89NwgimyK-usmYoDO1S_s9khyiTr4hxUAYzdiYzOjjh3ZN4xNYtflLABY0Trhmqus/s1600/El+color+en+los+diamantes.jpg" height="298" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
Hoje, segundo dia de encontro com
as mulheres do Grupo Arteterapêutico “A Primeira Cor”, me lembrei do velho
garimpeiro pai de Ju, lá da Chapada Diamantina.
Na nossa primeira conversa, em frente a minha cabaninha no mato, onde eu
passava uns dias, ele narrou suas aventuras de garimpeiro, nos tempos em que
não era proibido remover os cascalhos em busca do diamante que mudaria vidas.
Não questionei em nenhum momento o que era verdade, o que era crendice, o que
era aumento – pela imaginação – da
realidade vivenciada pelo ex-garimpeiro.
Ouvi com atenção cada palavra, e vi nos olhos do homem um brilho de
diamante que quase faiscava.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
– O diamante tem vontade, moça; ele não se
mostra pra qualquer um não – afiançava-me o pai de Ju. Segundo contou, o diamante é que escolhia o
garimpeiro, com base em critérios de uma alma mineral que eu tentava
compreender. Seus relatos pareciam
transportá-lo para o passado, seu olhar se perdia, enquanto a voz prosseguia
nos ensinamentos de uma ciência nativa que muito me interessava. Os gestos
vinham-lhe em momentos fugidios, que lhe traziam de volta a um presente sem o
esplendor da pedra cobiçada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Inicialmente, não soube por que
associei o processo terapêutico às narrativas do homem que há anos não vejo. Só
aos poucos fui me dando conta, à medida que recordava as suas palavras. “Moça,
quando o diamante tá por perto, a gente sabe, viu? Ele pode até não se mostrar,
se ele não quiser, mas a gente sabe que ele está olhando a gente logo ali, em
algum lugar. Às vezes tá na cara, mas ele cega a gente, porque vai escolher
outro garimpeiro”. Eu ouvia encantada sobre a ciência daquele homem, que,
àquela altura, me parecia um sábio, ainda que nem soubesse escrever o próprio
nome. O diamante já não era tão-somente
uma pedra, agora: era uma entidade! E prossegui ouvindo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O homem caminhou em direção a
algum lugar do riozinho que passa atrás do terreno, agachou-se, sequioso, e
fechou na mão um punhado de pedras que nem de longe lembravam o diamante. Veio
em minha direção, esticou a mão e, enfim, explicou: “Tá vendo essas pedrinhas,
moça? Olha bem: tá vendo? Sabe que pedras são essas?”. Olhei as pedras buscando
alguma espécie de brilho encoberto, soterrado, mas nada vi. “Não, não sei...”,
respondi, já me sentindo uma ignorante completa em relação ao mundo das pedras.
Ah, o que diria o homem? Aquilo seriam diamantes disfarçados? As pedras saberiam
disfarçar-se também? Não, isso já era demais. Mas o ex-garimpeiro não me deixou
apreensiva por muito tempo. Acariciava as pedras ao mesmo tempo em que
explicava: “Quando a gente encontra essas pedrinhas, é sinal de que o diamante
está por perto, moça. Olha bem como elas são. A senhora não dá nada por elas,
né? Pois então: quando elas aparecem, pode ter certeza de que tem diamante bem
perto. No seu terreno tem diamante, viu? No dia em que ele quiser se
mostrar...se ele quiser se mostrar pra senhora, ah...a senhora vai tomar um
susto! Porque ele brilha, viu, moça? A senhora conhece diamante?”. Santo deus, aquele homem não tinha ideia da
loucura que estava fazendo comigo naquela hora. Não sabia que todos os cacos de
vidro e pingos d’água sob o efeito da luz solar estavam fadados a serem
diamantes, sob o meu olhar embriagado por natureza.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Fiquei muito interessada naquela
ciência nativa de garimpeiro nostálgico. Por algumas semanas, tudo o que
reluzia... era diamante. Não estava interessada no valor da pedra, nos ganhos
materiais que ela poderia proporcionar-me. Tudo o que a minha fantasia criava resumia-se
em “ser escolhida pela pedra”. Aí estava a magia, o encanto. Mas nunca
encontrei nada além de diamantes imaginários, projetados em qualquer brilho
momentâneo do sol sobre a areia molhada da margem do rio. Até o dia em que me
lembrei de uma frase do velho e nostálgico garimpeiro: “O garimpeiro tem que
entender o cascalho, moça!”. Não, eu ainda não entendia. E recordei de mais um ensinamento daquele
mestre ocasional: “Moça, diamante cobiçado ‘queima’, pode ter certeza”. “Queimar”
significa, no jargão garimpeiro, “voltar para o leito do rio”. Não, não: eu não
queria cobiçar diamantes. Esqueci-me do
homem, das pedras sinalizadoras, dos diamantes. Até hoje, quando ele me veio à mente de repente.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E então recordei-me do velho
garimpeiro. Ouvindo cada mulher do grupo terapêutico, identificando auto-enganos,
sentindo cada mensagem contida na arte expressa, escutei o sussurro das suas
próprias almas e da minha também, lembrei-me das pedras que nos levam ao
brilho límpido do diamante. Dessa vez era diferente. Não haveria perigo de queimaduras. Os
diamantes não voltariam ao leito do rio. Eu não tinha pressa. Experimentava o
prazer de tocar cada pedrinha aparentemente insignificante. Sentia sua textura.
Seu brilho latente. Enternecia-me a aspereza das pedras, o brilho fugaz e
artificial com que se mostravam, sabendo-se, de algum modo, diamantes. Mas eu sabia. Agora eu
realmente já sabia. Os diamantes não “queimariam”, porque eu não os cobiçava.
Esperaria. Os diamantes nos escolhem. Mas nós, de alguma maneira, já os enxergamos
pelas pedras do caminho. E, como bons
garimpeiros, guardamos cada uma que recolhemos. Também são preciosas para quem nasceu com o garimpo como destino. <o:p></o:p></div>
Tânia regina Contreirashttp://www.blogger.com/profile/00570774968981464356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1587708657303616620.post-83769536580797041932014-05-25T19:23:00.002-03:002014-05-25T19:33:34.308-03:00 A Morte em miniatura<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtzpH6ATCyUFEHbhumxyrfrwY5RPAKRUfrGzVEdGUsk5yV6tKg7vHwYdc8SFY8MhB0FdC-vamOlgYj-AnDo56LHwFG8ZwjN5XmyD3MdW4fAbddZnW9NxUsvyS1OWoy6ruYSqXmT1TNYIU/s1600/Vel%C3%B3rio+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtzpH6ATCyUFEHbhumxyrfrwY5RPAKRUfrGzVEdGUsk5yV6tKg7vHwYdc8SFY8MhB0FdC-vamOlgYj-AnDo56LHwFG8ZwjN5XmyD3MdW4fAbddZnW9NxUsvyS1OWoy6ruYSqXmT1TNYIU/s1600/Vel%C3%B3rio+1.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O Jogo de Areia é um método
junguiano não verbal, um procedimento psicológico de acesso ao inconsciente
muito eficaz e lúdico por essência, visto que são utilizadas miniaturas de
diversas categorias, com quais são montadas, pelo paciente, cenas reveladoras.
Mas o tema central aqui não é o Jogo de Areia em si. Este é um relato que aborda um tema de um
modo geral evitado pelas pessoas: a Morte!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não é novidade nenhuma que a
Morte foi praticamente banida de nossas vidas, apesar do inevitável encontro
com ela a qualquer momento. A maioria dos doentes morre no ambiente frio de um
hospital. O velório – realizado comumente, no passado, na sala de estar das
casas – hoje é realizado nas salas dos cemitérios reservadas para isso. E,
assim, vamos colocando a Morte cada vez mais longe de nós. A arte tumular, com
toda a sua riqueza simbólica, também foi desaparecendo entre nós. E se perdeu,
assim, a poesia da Morte. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ao começar a minha coleção de
miniaturas para o Jogo de Areia, tinha em mente encontrar logo a pequena urna
funerária, peça imprescindível, no meu entender, justamente pela pluralidade de
situações que ela pode representar. Porque morrer não é só um evento biológico;
morremos muitas vezes no decorrer de uma só vida; a cada transformação
profunda; a cada passagem de fase; a cada perda. As pequenas mortes nos
preparam para a Passagem final. Ou pelo menos deveriam. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Demorei um pouco para adquirir a
peça tão essencial da minha coleção. Não encontrava em lugar nenhum e, a cada
pergunta sobre ela, nos vários lugares por onde passei, via caras de espanto,
feições contraídas, estranhezas. E eu só estava procurando por uma miniatura,
como tantas outras, assim eu pensava.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Acredito muito na Vida que nasce
da Morte. Ela parece mais plena. E insisti na busca do pequeno ataúde. Queria
que fosse uma peça feita com arte e delicadeza. Busquei através da internet, em
vão. Por pura coincidência, encontrei no facebook a página de um artista genial
que trabalha com perfeitas miniaturas de móveis. Anotei o e-mail e enviei-lhe
uma mensagem. Sabia que miniaturas artísticas com aquela qualidade não seriam
baratas, como outras miniaturas que compramos em vários lugares. Por outro
lado, também o artista nunca havia feito a miniatura de um caixão. Mas ele
topou o desafio e uma pessoa muito querida quis me dar o presente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Wilson Rodrigues, o artista
paulista, contou-me que a peça fez o maior sucesso entre amigos e parentes.
Falou também que, ao chegar aos correios para pesar a miniatura que enviaria
via sedex, as moças que lá estavam não queriam tocar na miniatura. Mas
felizmente ela chegou, junto com um brinde do artista, a adorável miniatura de
uma cadeira. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não, a grande maioria das pessoas
não vê beleza na pequena peça artística, feita com esmero, com perfeição. Na
mais recente aula do Jogo de Areia, com a competentíssima professora Aicil
Franco, levei a peça para mostrar às colegas. Houve quem não quisesse tocar. Mas
o reconhecimento da perfeição da miniatura foi unânime. Isso ninguém pode
negar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Há uma espécie de rito para “batizar”
as miniaturas adquiridas, que se dá montando uma cena com ela. Eu ainda não
havia feito, e tratei de dar vida ao meu caixãozinho tão especial. A imagem
está aí. Instintivamente, coloquei na cena uma miniatura de uma mulher grávida.
Porque toda morte – biológica ou não – traz a vida. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Esse é mais um recurso utilizado
também na Arteterapia, e os resultados são surpreendentes. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sugiro também a visita à página do
artista miniaturista Wilson Rodrigues, no facebook. É De Jó miniaturas. <o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Tânia regina Contreirashttp://www.blogger.com/profile/00570774968981464356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1587708657303616620.post-80951182920047871112014-05-04T04:26:00.001-03:002014-05-06T10:35:28.885-03:00Mulher: flor de cacto (Grupo Arteterapêutico Feminino)<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWPbeooQVi508p8mrb7YQSvE7ux90OFnF__8diNc9q7o0s1t1MtM5Q39VKBFoEfaEdJOxrkylnP4dN0dzGZnswfGJNaGlhaZWwQ2LpvefKzgq-Jk8t8q0el8RFWb9JLFyy16-iIKs6VxY/s1600/Cacto.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWPbeooQVi508p8mrb7YQSvE7ux90OFnF__8diNc9q7o0s1t1MtM5Q39VKBFoEfaEdJOxrkylnP4dN0dzGZnswfGJNaGlhaZWwQ2LpvefKzgq-Jk8t8q0el8RFWb9JLFyy16-iIKs6VxY/s1600/Cacto.JPG" height="300" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma arquiteta que, ao se
aposentar, quer ser florista, quer trabalhar com flores. Esse é um sonho do
qual não desiste e já planeja os dias que virão. Sim, ela gosta da profissão, é
competente, mas buscará as flores quando não precisar mais ser arquiteta. É ela
mesma quem fala da beleza da flor do cacto, tão delicada, contrastando com os
espinhos que recobrem a planta. Não, ela não relacionou o cacto à vida nova de
florista daqui a alguns anos. Tampouco relacionou os espinhos à vida presente, que
certamente exige dela muitas posturas defensivas. Ela apenas falou da
delicadeza de uma flor que se protege atrás de espinhos. E ela quer,
tão-somente, ser florista.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sua pintura, segundo relata,
mostra uma base sólida (de arquiteta e virginiana, ela diz) e, acima, o que ela
descreve como uma flor. As pétalas da flor têm forma de coração. Cada pétala,
uma cor diferente. Sua fala sugere que, apesar do sonho de ser florista, não
esquece da base da arquiteta. Comento sobre a ausência de talos, de elos, entre
a flor e o chão. A flor flutua
paralelamente à retidão inerte da “base”, pintada com marrom firme, cor do
solo. A flor não se une à base sólida no rodapé do papel. Não há entre elas (a
flor e a base) a mais tênue ligação visível. Apenas estão lá: uma no baixo, a outra
no alto. Uma fixa, outra flutuante.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Coincidentemente, todas as
mulheres (desconhecidas entre si, a maioria) queixam-se de que se sentem mais
homens do que mulheres. São mulheres com formação superior, bonitas, casadas,
separadas, solteiras. Mas todas, todas elas se sentem mais homem do que mulher.
E reclamam do peso que é ser homem sendo mulher.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A proposta inicial era responder livremente
a um poema de Orides Fontela:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Adivinha<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O que é impalpável<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
mas<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
pesa<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O que é sem rosto<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
mas<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
fere<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O que é invisível<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
mas<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
dói<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(Orides Fontela)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As respostas racionais foram
inúmeras. E, ainda que camufladas pela consciência, já revelavam uma versão que
seria unânime: o peso que as mulheres carregam ao se sentirem mais homens do
que mulheres. Essa foi a nossa grande “coincidência” no grupo de mulheres que
se conheceram ontem. Todas elas carregam o “peso” de ser o homem que dizem ser.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Essa é apenas a orelha de um
livro que escreveremos juntos. Mas as histórias, ainda não de fato contadas,
deixam escapar um furtivo brilho. Talvez a luz transparente de lágrimas que
ainda correrão. Ou a luz que se acumula sob a crosta de que são formados nossos
rostos provisórios, que se desnudarão aos poucos, com o tempo, com a Magia que
se faz presente em momentos prenhes. Venha de onde vier, um raio de luz sempre
orna a escuridão. Apurar os sentidos e percebê-lo faz parte da abertura de um
rito que evoca a Alma. <o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Abismos, buraco negro, portal,
gota de sangue, vulva: mulheres escolhem imagens interessantes para traduzir
seu universo singular. Mulheres pintam buracos negros de amarelo e juram que
ali há luz, no fim. No fundo, debatem-se entre a esperança que colhem no Manual
da Felicidade e a escuridão que evitam atravessar, temerosas de sua própria
natureza feminina, feita de penumbras e visões. Mulheres temem ser mulheres.
Renderam-se à fantasia de que só a luz solar pode revelar. Não sabem, ainda,
que as sombras que envolvem a Lua são vidas que desabrocharão revestidas pelo
tule do Mistério. E assim serão. Porque essa é a essência do feminino.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma mulher, apenas uma – a mais
nova de todas –, resiste em dar nome ao que “pesa, fere e dói”, invisível e
impalpável. “É algo aqui...”, diz ela, espalmando a mão no coração. “Mas eu não
sei o que é!", explica. “Uma dor”, tenta ela dizer; mas acaba dizendo que não,
que não era uma dor real. E fico
pensando como deve ser difícil para muitas mulheres traduzirem suas sensações,
seus sentimentos, seus anseios mergulhados nos destroços de suas subjetividades
destruídas. Sim, há dores que não doem. Mas são dores doídas. Reais. Nenhum
aparelho detectará nada, nenhum medicamento atuará sobre essa espécie de dor
que não dói, mas que é doída. Muitas mulheres sentem no coração o peso de um
evento futuro. Captam, como radares, sinais distantes. Lagrimejam uma tristeza
que não é só sua. Estacam, de forma precisamente técnica, o sangue de uma
ferida que se alojou no fundo de um abismo que elas temem descer, simulacro de
seu próprio ventre.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A maioria das mulheres veio
atendendo ao chamado de “trabalhar o feminino”, um chamado clichê que em nada
traduz a essência verdadeira da nossa proposta. Porque “trabalhar o feminino”
não é fazer rituais evocando as deusas, e muito menos propiciar transes onde,
longe de se conhecerem, as mulheres refugiam-se numa imagem muito além do seu
universo, da sua realidade. Prefiro dizer que refletiremos sobre a
subjetividade feminina e buscaremos uma voz genuína para nossas sensações,
emoções, percepções. <o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Apesar das explicações sobre a
dinâmica de nossos trabalhos, do foco na expressão, na imaginação, houve quem
quisesse descobrir a “resposta certa” para o questionamento do poema de Orides
Fontela. “Não existe uma resposta certa.
Existem muitas, talvez infinitas respostas certas”, alertei. “Toda e qualquer
resposta é certa, é a sua resposta”, reforcei. A busca da “resposta certa” cria
insegurança, inibições, medos. Além do mais, essa fixação na exatidão impede
que a imaginação flua, que a nossa expressão, a mais genuína possível – a depender
do estágio em que nos encontremos no espaço terapêutico –, possa ser
exteriorizada. Trabalhar com Poesia é algo que permite atenuar o medo do erro,
o medo do risco, evitando a cilada de uma direção única para um universo entrecortado por caminhos múltiplos. <o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O início de um encontro
terapêutico é um momento de escuta profunda das primeiras expressões. O
paciente é como uma casa que já foi reformada, talvez, inúmeras vezes. As
paredes receberam várias camadas de tinta, à medida que a cor da superfície se
desgastou, desbotou. A primeira cor jaz sobre sucessivas camadas de tintas, à
espera de que possa, enfim, mostrar-se tal como é, numa relação íntima com o
cimento e os blocos. O caminho é longo, às vezes, mas a compreensão de que sob
tantas vestes sobrepostas estamos nós, nus, é um estímulo grande a continuar a
caminhada.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não, eu ainda nada sei desses
universos desconhecidos que existem dentro de cada uma das mulheres que foram
em busca de sua primeira cor. Mas
compreendi que todas elas, no fundo, buscam libertar-se do peso de “serem
homens”. Querem ser mulheres. Não sabem, contudo, o que é ser mulher sem
correr o risco de atravessar portais que sejam apenas imaginários, de
mergulharem no abismo sem levarem uma potente lanterna, de se sentirem julgadas
incapazes, de não corresponderem ao modelo de “mulher independente”. Como
homens que se julgam ser, receiam afundar-se no pântano da paixão e serem,
novamente, submetidas à submissão, à mudez de gerações passadas de mulheres.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Todas as vozes me alcançaram e
delas falarei oportunamente. Neste momento, quero apenas lembrar que sob os espinhos
do cacto esconde-se uma flor delicada e de rara beleza.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Tânia regina Contreirashttp://www.blogger.com/profile/00570774968981464356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1587708657303616620.post-52748040606250800592014-02-11T21:01:00.003-03:002014-02-11T21:19:46.180-03:00A primeira vez é sempre!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBJ0dsK3iU0QtE3TeeX5xfJ-uyQ1klncWfsiNNPzyhBFJ1k4rO9PsmLCNwSQ3JRf0TpZk1f2VUOhEJ0rhwdiEXEwD-aLdzn2r2oS83fECoW_KKRBTrDdjSAukDG2OE04-0h4kUws9yicU/s1600/A-Deusa-que-h%C3%A1-em-mim-Divulga%C3%A7%C3%A3o-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBJ0dsK3iU0QtE3TeeX5xfJ-uyQ1klncWfsiNNPzyhBFJ1k4rO9PsmLCNwSQ3JRf0TpZk1f2VUOhEJ0rhwdiEXEwD-aLdzn2r2oS83fECoW_KKRBTrDdjSAukDG2OE04-0h4kUws9yicU/s1600/A-Deusa-que-h%C3%A1-em-mim-Divulga%C3%A7%C3%A3o-1.jpg" height="265" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Imagem: web</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No princípio, existe a força da Vida.
Li esta frase há muitos anos num livro simples e profundo escrito por uma
médica. Levei anos para crer nesta força.
Assegurei-me dela no decorrer da minha própria jornada, durante a qual,
em muitos momentos, apostei na veemência da Morte. Mas a vida arrebentava
pedras e vinha em cachos de flores; surgia na água suja de uma poça; vencia a
ignorância de mulheres que atiravam ao lixo o seu rebento. A Vida triunfava inúmeras
vezes, inexplicavelmente. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um dia disseram-me que o anseio
obsessivo pela Morte nada mais era do que o desejo de viver plenamente. E
compreendi que a Plenitude era o inimigo número um do sistema em que vivemos. Pela insaciabilidade eterna, aprisionam-nos. Morríamos
e morreríamos todos os dias pela mesma razão. O consumismo é o verme solitário
que nos aumenta a fome e perpetua o vazio. E a morte – despojada de sua aura de
mistério – vem em suas versões nocivas, transformando-nos em zumbis.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas voltemos à força da Vida. A
vida é cheia de incógnitas e mistérios. Todos nós os vivenciamos, mas já não
nos damos conta disso. Muitos acreditam, inclusive, que caminhar para fora do
Mistério é a saída para recuperar a força para a Vida. A inversão de valores é
uma marca profunda dos novos tempos. É pelo Mistério que nos reerguemos do
chão, que ganhamos asas e criamos amplitudes. Penetrar no Desconhecido é uma
porta evitada pelos homens. Mas está justamente aí a Saída.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ao idealizar esse trabalho com
mulheres que vivenciam – pelo menos teoricamente – a maturidade, levei em conta
os valores que regem a nossa época. Considerei a completa dessacralização do
Feminino. A angústia – na maioria das vezes inconsciente – experimentada por
mulheres em faixa etária que varia dos 35 aos 50, 60 anos, com o declínio
paulatino da juventude, numa sociedade onde o envelhecimento é concebido como
doença. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O fio condutor de nossos
encontros será a busca de experimentar a vida diretamente, sem passá-la pelo
filtro das crenças, ideias preconcebidas, expectativas. Recapturar um senso
perdido de encanto diante das experiências do cotidiano. Compreender as doenças
e sofrimentos como estados em potencial de transformações para o amadurecimento
e o crescimento. Recuperar a nossa “cor original”, o nosso brilho, o nosso
corpo de luz. E a escolha do nome para o nossos trabalhos, nossos encontros – A
Primeira Cor –, veio de um poema de Orides Fontela (1940-1998), que sintetiza
bem a essência dos nossos objetivos: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><b>A primeira
cor</b><o:p></o:p></span></i><br />
<i><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><b><br /></b></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Abrir os olhos.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Abri-los <o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>como da primeira vez<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>– e a primeira vez<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>é sempre. <o:p></o:p></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Embora seja um trabalho gratuito
(realizado mensalmente), tenho esperança de que o grupo de 15 mulheres tenha a
marca da diversidade etária, cultural, social e todas as diferenças que
enriquecem uma Caminhada. E que em todos os dias de nosso encontro possamos estar
vendo a vida – a nossa vida – e o mundo pela primeira vez.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvu37Idln0Y5WVk1pPJk-baNvNiAJuGZSTKiuoD2QpT3cTIc7Nr1y3XR3cAgAUw4arVAcwDMr1ajaA4hkeJXW2QkDFifbvx-5caMgAocaTuoF4PmpvsroqPadaay88NtdGXv_F-Og_1s8/s1600/COR2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvu37Idln0Y5WVk1pPJk-baNvNiAJuGZSTKiuoD2QpT3cTIc7Nr1y3XR3cAgAUw4arVAcwDMr1ajaA4hkeJXW2QkDFifbvx-5caMgAocaTuoF4PmpvsroqPadaay88NtdGXv_F-Og_1s8/s1600/COR2.jpg" height="262" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Tânia regina Contreirashttp://www.blogger.com/profile/00570774968981464356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1587708657303616620.post-86318757066436110692014-01-14T19:13:00.004-03:002014-01-15T19:06:23.628-03:00Traduzir-se é uma arte<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiS_iiJ1qCcQ8mgYeH3B1p6XIQsyW3P0Jwpc1H1fcB7gnDn793pKAQVQINAGzRhJy-92qF6R2bS7L8T-ypd1ECcFxqRle5zr7sXXB7esaOrpdKrrXJeeRVkon1DbMAaxBcVKJA6ry12NXs/s1600/Livro3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiS_iiJ1qCcQ8mgYeH3B1p6XIQsyW3P0Jwpc1H1fcB7gnDn793pKAQVQINAGzRhJy-92qF6R2bS7L8T-ypd1ECcFxqRle5zr7sXXB7esaOrpdKrrXJeeRVkon1DbMAaxBcVKJA6ry12NXs/s400/Livro3.jpg" height="290" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Foto: web</span></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Estou em processo de gestação de
meu primeiro livro, fecundada que fui pela Poesia como terapêutica. Os escritos versarão sobre a Poesia na Arteterapia e, mais
amplamente, sobre a necessidade do reencantamento do olhar para a vida. Isso
significa trazer poesia para os dias, as horas, os meses, os anos... Mas esta é outra história, embora o tema
continue a ser Poesia. Falo agora sobre a vivência que acontecerá brevemente, “Traduzir-se:
a arte de contar a própria história – Uma vivência Arteterapêutica”, onde
estarei como facilitadora, juntamente com uma amiga e colega arteterapeuta,
Cláudia Antunes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Esse projeto é antigo, e nasceu casado com o
exercício da escrita, uma dificuldade vivenciada por muitos, como pude
constatar ao longo de minha caminhada, em trabalhos com textos. Mas é
impossível cogitar-se escrever ignorando uma ancestral tão majestosa de nossa
linguagem atual, a Poesia. Dentre tantas fantásticas descobertas, encontrei
referências sobre a Poesia como linguagem de povos primitivos, e essa
observação levou-me a pensar no quanto podemos ter ficado “cindidos” com o
apartamento dessa dimensão encantatória de nossas vidas. Adoecemos pela
carência profunda da Poesia. Adoecemos do olhar, que já não
sabe embriagar-se da beleza natural, da singeleza. Adoecemos da Alma, que já
não se espanta. As palavras do poeta
Márcio-André são reveladoras: “A poesia
é a linguagem primordial de todo espanto e está na essência de tudo que
produzimos, enquanto ato criador não alienado. A poesia é o que permite o real,
ainda que hoje o real a oculte, entulhado na rotina dos sistemas “.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nossa vivência pretende ser um
espaço onde sensibilizaremos nosso olhar, onde o embriagaremos de Poesia, a
partir da nossa própria história. É o filósofo Gaston Bachelard quem pergunta,
em seu livro A água e os sonhos: “Do homem amamos acima de tudo o que dele se
pode escrever. O que não pode ser escrito merece ser vivido?”. Eu responderia que toda história merece ser
escrita. E que é possível reencontrar o encanto nas palavras, nos gestos, nas
expectativas; embriagar o olhar e se extasiar de beleza, ainda que em momentos onde
falte o enlevo. Um dos caminhos que trilharemos é o de buscar descalcificar
expressões construídas com palavras cristalizadas, sem movimento, sem vida. Há
indícios de que um dia nossa linguagem ostentou um halo. E temos a esperança de fazê-la brilhar novamente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O exercício de “sensibilização
poética” não se restringe à execução de trabalhos em uma ou duas modalidades
artísticas. A Poesia está na dança, no canto, na pintura, na escultura, na
fotografia...no poema! Mas é certo que nosso trabalho culminará com a confecção
do livro de nossa vida, relatando nossa própria história. Nossa história recontada pelas mãos da Imaginação, que
entre nós ganha o <i>status </i>de
realidade. As técnicas utilizadas para nosso livro serão variadas, considerando as afinidades de cada um com as modalidades
artísticas. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A proposta de auxiliar os
participantes a entrar num “estado poético” seria muito ousada, se não
acreditássemos que Poesia é, de fato,” a linguagem primordial de todo espanto e está na
essência de tudo que produzimos” , como tão bem colocou o poeta Márcio-André, já citado
acima. Sob os escombros do que insistimos em chamar de “realidade”, há Poesia.
Vamos escavar a terra com as nossas mãos e, também com as nossas mãos, vamos
reescrever as possíveis páginas sombrias de nossas vidas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A Vivência acontecerá em breve e
será divulgada amplamente, com datas, local e demais informações. <o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Traduzir-se é uma arte. Vamos a
ela?<o:p></o:p></div>
Tânia regina Contreirashttp://www.blogger.com/profile/00570774968981464356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1587708657303616620.post-701592071884514582013-12-06T22:25:00.003-03:002013-12-10T22:27:30.788-03:00Felicidade com glitter <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6_WGMiczHLXW2PnANzlMHT7uWbhmAl-XJO97DQAyDUWM7kB-EC6acm6T-A-PLJo8JdVg23-ePSYLn9symIegPeiQXmy4XtTMvFq2fqNXYlrbtnn1zU3_AxVmFZx3lhXBaDJvFW6oSyQk/s1600/Glitter.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="296" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6_WGMiczHLXW2PnANzlMHT7uWbhmAl-XJO97DQAyDUWM7kB-EC6acm6T-A-PLJo8JdVg23-ePSYLn9symIegPeiQXmy4XtTMvFq2fqNXYlrbtnn1zU3_AxVmFZx3lhXBaDJvFW6oSyQk/s400/Glitter.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Há uma expressão muito minha,
muito íntima, que não verbalizo nunca, mas constato e penso, em algumas raras
vezes nesta vida: <i>estou secretamente
feliz! </i> Duvido que o que chamo de
felicidade seja ela mesmo, a tal Felicidade prometida só mesmo nos paraísos,
nos Edens da vida. Mas consideremos a nossa idealização de felicidade mais próxima
da realidade terrena. É dela que falo. É ela que já me visitou algumas poucas
vezes, sem que eu tenha feito alarde e anunciado aos quatro cantos do mundo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Começo falando dessa “felicidade
secreta” para deixar claro que não faço apologia à tristeza. Muito menos à
felicidade. Mas não posso deixar de lembrar que vivemos a era da ditadura da
felicidade. A felicidade virou um produto e a maioria vê-se na obrigação de
consumi-la. Acontece que a obrigação de ser feliz vem nos tornando secretamente
e cada vez mais infelizes. Patologizaram a tristeza. É vergonhoso e humilhante
não estar feliz. Bonita parece ser a alegria pré-fabricada, intensificada pelo
rivotril, que ajuda a evitar a humilhação de não poder sorrir. E nem se fala na
existência de uma felicidade calma, reservada, secreta, sem <i>glitter<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Acontece que ela existe. Em dose
terráquea, sem os esplendores do Paraíso, mas com a suavidade e o bem-estar
proporcionados por pequenos e significativos momentos de nossa vida. Quando
aprendemos a olhar com embriaguês, com poesia, para a vida e seus mistérios,
podemos ser arrebatados momentaneamente. Um pôr-do-sol, uma música, um livro,
um abraço, o vento, o mar e tantas e tantas coisas “insignificantes” sob a ótica
capitalista do consumo. Porque é preciso “comprar” felicidade. E ela deve ser
luminosa, exuberante, estrondosa, felicidade com <i>glitter.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Entre os tantos benefícios
proporcionados pela Arteterapia, a possibilidade de encontros legítimos com a
felicidade. O fazer artístico com fins terapêuticos proporciona encontros
essenciais, fundamentais com a Alma, E cria espaço para uma felicidade que nos ilumina de dentro da fora, sem néon, sem brilhos extravagantes, sem <i>glitter.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Acredito que a tristeza e os seus
parentes mais velhos e severos, como a depressão, são entidades subversivas. Elas
se insurgem contra a felicidade com <i>glitter,
</i>reivindicando o seu lugar, exigindo que as cortinas do teatro sejam
fechadas, para que possamos viver de verdade os nossos sentimentos, sejam eles
quais forem.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A Arteterapia acolhe a tristeza e
todo e qualquer outro sentimento. As mãos dão concretude ao que está submerso,
oculto, aprisionado. E, ao fazê-lo, começa a abrir as portas que guardam a
simplicidade da felicidade que nos sussurra verdades de extrema beleza. Não, e
não há pressa. Recriamos a tristeza em vários matizes. Ela toma as várias
formas que o fazer artístico possibilita. É soberana, na maioria das vezes,
porque chegamos ao trabalho arteterapêutico ainda com os anseios provocados
pela exuberante felicidade que se tornou lei e que nos persegue dia a dia. E é
ela que nos mostra os compartimentos secretos de nós mesmos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No desenvolvimento da terapia,
encontramos, inúmeras vezes, com a felicidade em sua aparência mais legítima. E
a tendência é que passemos a encontrá-la mais vezes ao longo de nossa
caminhada, porque nos libertamos da tirania do “sorriso alvo e perfeito,
proporcionado pela pasta de dente X”.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A Arteterapia é um convite à
felicidade íntima, nascida de pequenas sementes que deixamos ensacadas, porque
estamos sempre ocupados em comprar felicidade em alguma concessionária, na clínica do
cirurgião plástico, na academia, nos estabelecimentos que vendem a efusividade
em todas as cores e tamanhos. Mas a verdade é que a felicidade com <i>glitter </i>está adoecendo corpos e almas. Esvaziando de sentido a vida de muitos. E aí, a tristeza subversiva trata de
fechar as cortinas e trancar as portas do teatro, convidando-nos a uma vida
real. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Tânia regina Contreirashttp://www.blogger.com/profile/00570774968981464356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1587708657303616620.post-6429643736065708662013-11-26T01:23:00.000-03:002013-11-26T07:13:51.241-03:00 Traduzir-se: a arte de contar a própria história - Uma vivência arteterapêutica<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjagBqorEZOc8dMaqQ_F3mQXk5jY3USKBt4eFBu3jn1lOY57JlUG1SEq8kkJedBfKfB8eI-F52OiiM1v_r-H_963ytwceJ8EJGL7u41kx6JWqB9N-oqbnttrvAxgBb5Kjdx2cKAIdecD5Q/s1600/ggggy.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjagBqorEZOc8dMaqQ_F3mQXk5jY3USKBt4eFBu3jn1lOY57JlUG1SEq8kkJedBfKfB8eI-F52OiiM1v_r-H_963ytwceJ8EJGL7u41kx6JWqB9N-oqbnttrvAxgBb5Kjdx2cKAIdecD5Q/s1600/ggggy.jpg" width="396" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="text-align: justify;">A Poesia ainda é a arte maldita.
Embora a formação em Arteterapia tenha sido eivada de poesia, sob a coordenação
de uma profissional também de alma poética, faltou a Poesia como disciplina,
como exercício embriagante de olhar a vida. É essa lacuna que sonho em
preencher com o trabalho que será realizado no próximo ano, junto com outros.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O ser humano em “estado poético
de alma” é um criador mais arrojado, mais transgressor e original, porque a
embriaguez do olhar vislumbra uma realidade inédita e cria saídas inusitadas
onde parece haver apenas muralhas intransponíveis.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A vida dos homens e mulheres de
olhar embriagado ganha um sentido muito mais profundo, porque os caminhos se
multiplicam; os sentidos se avivam; a consciência amplia-se; e eles
podem, então, perceber que conhecem apenas pequena parte do que seus olhos, de fato, sempre enxergaram.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A Poesia é um alucinógeno natural, porque fascina, eleva, transforma, encanta, embriaga – doce embriaguez!
E é preciso recuperar o estado poético de alma que, quando crianças, conhecemos
tão bem. Impregnar-se de poesia é inaugurar uma nova e iluminada vida.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas entrar em “estado poético de
alma” não significa escrever poesias, embora isso possa acontecer com um ou
outro. O “estado poético de alma” é uma postura de vida, é o descobrir no velho o novo, e aprender a acreditar que a Poesia tem o poder de transformar,
de ampliar horizontes, de criar uma imagem de nós mesmos mais parecida com a
nossa própria alma.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
De “estado poético da alma” eu
denomino a condição de não-embotamento que poucos conhecemos verdadeiramente, quando é possível construir e realizar
para além das viabilidades medianas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A proposta de nossa vivência, no
ano que vem, é trabalhar a expressão encantada: a palavra, os gestos, as expectativas. É, por assim dizer,
desliteralizar as expressões calcificadas da existência.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nossa história de vida será vivenciada
poeticamente. Dialogaremos com o eu-lírico soterrado sob os escombros das linguagens empobrecidas. Saberemos das facetas que ainda não desvelamos e acolheremos os outros de nós sem conflitos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas essa vivência, como o próprio
nome diz, pretende apresentar, em forma de arte, os principais capítulos da
vida de cada um. Uma vida recriada, através da arte, por olhos embriagados, alma em transe poético. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ao final dos trabalhos, confeccionaremos, artisticamente, o nosso Livro Pessoal, em linguagem viva, abdicando de personas que já não nos servem mais.<br />
<br />
Na arte de contar a nossa própria história, ressuscitaremos a linguagem encantada dos nossos primeiros dias de vida. Resssignificaremos páginas do livro de uma vida que adoeceu de literalidade. Devolveremos à imaginação o satus de biografia real. Escreveremos com letras vivas, inéditas, o mistério de ser quem somos verdadeiramente.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Gaston Bachelard , o filósofo,
escreveu: “<i>Do homem amamos acima de tudo o que dele se pode escrever. O que não
pode ser escrito merece ser vivido?</i>” </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Traduzir-se. Contar com arte,
poesia, a história de nossa vida real, aquela que esmaeceu em folhas rejeitadas de um livro que nos recusamos a escrever.<br />
<br />
É preciso enlouquecer o verbo, como nos ensina o poeta pantaneiro Manoel de Barros. Recuperar as palavras na sua infância, quando a poesia não é um gênero literário, mas a expressão viva e mutante de homens e mulheres que se metamorfoseiam a cada instante.<br />
<br />
Conta-se que Zeus, em conversa com o deus Mercúrio, invejou a mortalidade dos homens. Os sentimentos sublimes que só são conhecidos por aqueles que conhecerão o fim. O borbulhar das emoções humanas, com seus anseios, suas dores e seus medos, que fazem da vida o mais belo livro que pode ser escrito. O poeta Fernando Pessoa fala, em um de seus inúmeros poemas, que ama infinitamente o finito. E na finitude da vida humana abriga-se a nossa história, que reaprenderemos a contar.<br />
<br />
Como profissionais da escuta terapêutica, nós outros também necessitamos aprender a contar a nossa própria história. Sensibilizarmo-nos com os aspectos poéticos de nossas vidas, independentemente de como a tenhamos vivido.<br />
<br />
A arte maldita - a Poesia -, longe de significar elucubrações, abstrações inúteis, possibilita a ressignificação da vida. A nossa história contada pode parecer um sonho. Dissolvemos sólidas imagens da chamada "realidade" e mergulhamos em profundas verdades da imaginação. Traduzir-se é recriar-se, exaltando-nos como heróis anônimos, mas incondicionalmente comprometidos com a jornada da vida. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Esse será um dos três trabalhos que desenvolveremos no ano que vem e, tão logo termine o ano de 2013,
começaremos a divulgar para os interessados Nos próximos posts falaremos dos outros trabalhos programados para o próximo ano.</div>
Tânia regina Contreirashttp://www.blogger.com/profile/00570774968981464356noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1587708657303616620.post-88047808667419655702013-10-28T22:03:00.002-03:002013-10-28T22:27:54.504-03:00Eu gosto dos que ardem: Manoel de Barros e James Hillman<br />
<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Troquei minha paixão por Jung
pela paixão por Hillman. Não que tenha esquecido de Jung e desprezado tudo o
que um relacionamento proporciona de aprendizados; mas a paixão é importante –
esse filho da fagulha que nos incendeia. Paixão é Hillman. Quer dizer, meu lado
terapeuta apaixonou-se por Hillman, meu lado poeta carrega um caminhão por
Manoel de Barros. Afinal, verdadeiramente, analista e poeta têm muito em comum.
Não concebo o entendimento da Psicologia Arquetípica de Hillman sem uma
sensibilidade poética, ainda que não precisemos todos “fazer poesia”</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não esqueço, contudo, que a paixão
é fogo de palha e pode extinguir-se um dia. Amadurecida, a gente entende que não
há verdades definitivas, e o que hoje parece responder aos nossos
questionamentos mais profundos pode se transformar em algo capenga, equivocado,
enfim. Mas, por enquanto, a Psicologia Arquetípica ainda não me deu motivos
para um arrefecer da paixão. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sempre ouvi muitos sonhos, desde adolescente,
embora nada soubesse deles que não fosse fruto da minha imaginação. De algum
modo, eu acreditava nas minhas invenções. Na caminhada, vieram as leituras, os
estudos de vários estudiosos. A formação em Arteterapia teve uma abordagem
junguiana, apaixonante, mas com frestas de uma lucidez que impedia o crescer
das labaredas. Até que veio Hillman. Na verdade ele ainda está vindo. Mas é
ardente. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“Eu gosto dos que têm fome, dos
que morrem de vontade, dos que secam de desejo, dos que ardem</i>”... O trecho
da canção de Adriana Calcanhoto diz tudo. Diz “Psicologia Arquetípica”. Diz “fique
com a imagem”.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando nos desconstruímos (e eu
estou em abençoado processo de desabamento), a “velha opinião formada sobre tudo” aparece,
como espectro de um vigilante altivo, a querer medir, na prática, nosso grau de
convicção a respeito do novo, e medir forças também. Mas a poesia emprestou seu
ouvido à terapia. À Arteterapia, no caso. Se é que um dia, em mim, estiveram
dissociadas. Todos os eventos são, naturalmente, arquetípicos, que maravilha
poder entender isso de uma forma espantosamente natural!<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Que bom poder escutar encantada a
singularidade, sem anseios de enquadrá-la num modelo universal!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Meus dois amores – Hillman e
Manoel de Barros, mas não necessariamente nesta ordem – acabam por se
completar, ampliando o território da Poesia, dando-lhe um destino para além do
arrebatamento, do enlevo da alma. Em algum momento, a fala de um se sobrepõe a
do outro. Hillman é sedutor porque é poético. Manoel, porque é poesia. E é ele –
Manoel – que me traz a lição definitiva a respeito da alma humana: <span class="usercontent">"Você sabe discutir coisas aqui, mas o sentido da vida,
essa incompletude que agente tem - nós somos incompletos, sentimos incompletude
- só pode ser completada com 'o mistério'." E é assim que me conduzo: ir
até onde for permitido, sem tentar devassar o mistério que todos precisam ter
preservado. O homem sem mistério é um homem raso. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Tânia regina Contreirashttp://www.blogger.com/profile/00570774968981464356noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1587708657303616620.post-42913814566027118622013-10-07T17:04:00.001-03:002013-10-07T17:04:27.968-03:00Sonho que se sonha junto é realidade!<br /><br />
A oficina arteterapêutica Sonhar com as Mãos foi o início de uma caminhada em direção à Terra do Encantamento, ao território onde reencontraremos nossa Originalidade, o espaço livre da Imaginação Criadora. As palavras gastas foram regidas pelo som límpido e ancestral que, na próxima parada, possibilitará adentrar a dimensão onírica da comunicação. Logo adiante, buscaremos a Palavra Encantada, com a qual poderemos colorir as relações. Meus mais profundos agradecimentos a todos que sonharam juntos. Os sentimentos mais profundos lá foram ditos de olhar para olhar. E foram compreendidos pela Alma. Obrigada a todos e aos nossos mestres internos, que nos guiaram do início ao fim. Sonhemos com as mãos!<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJFhpuB3GRhsNNGcdVYEbLmgUO9klrWUxqpettYgMuP7pF-IPoGv3dHWZARxFC8QAxdpsJWMPG413dEjovZb7qY04haJss3VpNqwJZKaxX01CnXJOi7NkEv8ZML-fWvTOdqKCmaZXpFzQ/s1600/TR15.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJFhpuB3GRhsNNGcdVYEbLmgUO9klrWUxqpettYgMuP7pF-IPoGv3dHWZARxFC8QAxdpsJWMPG413dEjovZb7qY04haJss3VpNqwJZKaxX01CnXJOi7NkEv8ZML-fWvTOdqKCmaZXpFzQ/s320/TR15.jpg" width="320" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigoU0dIoSg-XeV-Ld7Nnx2SXLKvEGwlbtl8Y2eKlZp87obMxtKXTUanAL6uWS4VAbvy3X6MWAwWxvtV3K4RewYdvyiPtPKFYvO1bARNmhyphenhyphenaRvPMw5rCYky0wfuqmHPgDJ9MO_4v20aE8g/s1600/TR28.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigoU0dIoSg-XeV-Ld7Nnx2SXLKvEGwlbtl8Y2eKlZp87obMxtKXTUanAL6uWS4VAbvy3X6MWAwWxvtV3K4RewYdvyiPtPKFYvO1bARNmhyphenhyphenaRvPMw5rCYky0wfuqmHPgDJ9MO_4v20aE8g/s320/TR28.jpg" width="320" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh7w1Oml2X42Jo5KfUlabolSljBKM-2dN0DHccxBoJxuQIXgtrxvTORBx3LT4mmqtrCVRSw3eDmQGJ5vsC4wHWfs9ex7xzw_AwHBCAkrFSVkOu-8KQoYJ9xPjpBDcmPJoamcmiNeNw0rI/s1600/TR26.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh7w1Oml2X42Jo5KfUlabolSljBKM-2dN0DHccxBoJxuQIXgtrxvTORBx3LT4mmqtrCVRSw3eDmQGJ5vsC4wHWfs9ex7xzw_AwHBCAkrFSVkOu-8KQoYJ9xPjpBDcmPJoamcmiNeNw0rI/s320/TR26.jpg" width="320" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiX31h3pIV9AO2WmLNQRLj3gom-p7Z564oncF_hCU_0Ap43PakxRsRFAwjXTqeeKsWfITls6p36fnKcliW2Pi45XSDJHsHrjFGyiEB8__ln7iUa-1tGJNG6yiayxb86hcy4lr5MNdJC2bY/s1600/TR23.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiX31h3pIV9AO2WmLNQRLj3gom-p7Z564oncF_hCU_0Ap43PakxRsRFAwjXTqeeKsWfITls6p36fnKcliW2Pi45XSDJHsHrjFGyiEB8__ln7iUa-1tGJNG6yiayxb86hcy4lr5MNdJC2bY/s320/TR23.jpg" width="320" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYCxPQ7ltjzU_e7tpeFnp0Z_Ix-joZExp28Yk3N0KwKXUaylYOqpDuatyVcmA5fpW60MUjygqcx2uH3ZBn36pN6Mtk1iWDXmg4Ths4Ehgu0A5hehkGx871hAhYphlAnsYE1nmv_-5zoV4/s1600/TR24.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYCxPQ7ltjzU_e7tpeFnp0Z_Ix-joZExp28Yk3N0KwKXUaylYOqpDuatyVcmA5fpW60MUjygqcx2uH3ZBn36pN6Mtk1iWDXmg4Ths4Ehgu0A5hehkGx871hAhYphlAnsYE1nmv_-5zoV4/s320/TR24.jpg" width="320" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgk1btlpg9iAGZVAYbFuAL2kMIbRa3ZC2J1Cx2J6YKugvVhiMrZiH9WgJ2EHmj8Qfgx16yaN6deTvAzg9BDT79_Yykq7hmdhm5kkr-EKvDgNgK0-e8kzAh5G5Q1603DoiTRW89SqVklC0M/s1600/TR22.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgk1btlpg9iAGZVAYbFuAL2kMIbRa3ZC2J1Cx2J6YKugvVhiMrZiH9WgJ2EHmj8Qfgx16yaN6deTvAzg9BDT79_Yykq7hmdhm5kkr-EKvDgNgK0-e8kzAh5G5Q1603DoiTRW89SqVklC0M/s320/TR22.jpg" width="320" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiiINP6wNUoEUJWJjqKVbNUzy3hwSznkx14-lMs4Vrn0b3jNuvYfrFmlvCVEGzcI11affXhSsOGDQ-WyQR_j_sERJx6CGckIk-mSOpO8SfwqPZTLs7ZTEB8ZM1I92CmzxSFxlWv7b-E8o/s1600/TR19.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiiINP6wNUoEUJWJjqKVbNUzy3hwSznkx14-lMs4Vrn0b3jNuvYfrFmlvCVEGzcI11affXhSsOGDQ-WyQR_j_sERJx6CGckIk-mSOpO8SfwqPZTLs7ZTEB8ZM1I92CmzxSFxlWv7b-E8o/s320/TR19.jpg" width="320" /></a></div>
<br />Tânia regina Contreirashttp://www.blogger.com/profile/00570774968981464356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1587708657303616620.post-40960957019383039342013-09-08T01:41:00.001-03:002013-09-08T01:41:49.895-03:00Alquimia com as mãos<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinmeLujHkELLItaaGFXZ9dkY6QU5q_FsBC0FBqO9jHyaCmuTSz3lmjm65mL0xvc7tV42MYH5JIO7YIfIDJKPp81SrJVFbSwvN9252PcmC104gCrYLWyES9iafnsFK5awMI4HPuIF7gIfw/s1600/Horst+P.+Horst+sonhos+m%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinmeLujHkELLItaaGFXZ9dkY6QU5q_FsBC0FBqO9jHyaCmuTSz3lmjm65mL0xvc7tV42MYH5JIO7YIfIDJKPp81SrJVFbSwvN9252PcmC104gCrYLWyES9iafnsFK5awMI4HPuIF7gIfw/s640/Horst+P.+Horst+sonhos+m%C3%A3o.jpg" width="481" /></a></div>
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Aproxima-se o Sonhar com as Mãos. Esta oficina nasceu da minha alma poética,das horas que gastei refletindo sobre a essência da Arteterapia, das descobertas fascinantes sobre os sonhos, da vontade de ousar usar a poesia para abordar a Arteterapia. Mais do que uma oficina, este trabalho é um mergulho nas nossas origens, o reconhecimento das partes feridas de nossa alma , a alquimia de transformar o sangue em arte, o choro em canção. Tudo no território da não-palavra, como se estivéssemos criando um mundo, pouco a pouco.</div>
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<br /></div>
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A oficina será vivenciada como um sonho e certamente sairemos do trabalho mais transformados em nós mesmos. Estaremos mais perto de nossa natureza original, assim como também mais criativos e abertos para a felicidade.</div>
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Na segunda oficina do Sonhar aproveitaremos muito do trabalho da primeira e, saindo do território da não- palavra, caminharemos suavemente para o território da Palavra Encantada. Outras modalidades artísticas serão, obviamente, exploradas na segunda oficina.</div>
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A sequência de oficinas do Sonhar tem um único fim: deixar as pessoas próximas de sua alma, conhecedoras de seus potenciais e, sobretudo, acima de tudo isso, ajudar a cada pessoa a trazer pra fora, a descobrir a sua originalidade. Só assim se pode ser feliz de verdade.</div>
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O convite continua sendo feito àqueles que querem fazer alquimia com as mãos.</div>
Tânia regina Contreirashttp://www.blogger.com/profile/00570774968981464356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1587708657303616620.post-46436519768518486272013-09-06T11:49:00.002-03:002013-09-06T11:52:05.054-03:00Oficina arteterapêutica Sonhar com as Mãos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
INSCRIÇÕES ABERTAS - VAGAS LIMITADAS </div>
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Dia 5/10/2013<br />
Horário: das 08 às 12<br />
Investimento: R$ 160,00<br />
Para os que se inscreverem até o dia 5 de setembro: R $120,00</div>
<h5 class="uiStreamMessage userContentWrapper" data-ft="{"type":1,"tn":"K"}">
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}"><span class="userContent"><span class="text_exposed_show"> <br /> <span style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">As inscrições poderão ser feitas através do e-mail trcontreiras@gmail.com, com o envio do comprovante de depósito.</span></span></span></span></span></h5>
<h5 class="uiStreamMessage userContentWrapper" data-ft="{"type":1,"tn":"K"}">
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}"><span class="userContent"><span class="text_exposed_show"><span style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Tânia Regina A. Contreiras de Carvalho</span></span></span></span></span></h5>
<h5 class="uiStreamMessage userContentWrapper" data-ft="{"type":1,"tn":"K"}">
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}"><span class="userContent"><span class="text_exposed_show"><span style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Endereço e telefones constam no folder<br /> <br /> Caixa Econômica Federal - Ag: 1236 OP 013 Conta-poupança: 110635-8 <br /> <br /> </span></span></span></span></span></h5>
</div>
<br />
<h5 class="uiStreamMessage userContentWrapper" data-ft="{"type":1,"tn":"K"}">
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}"><span class="userContent"><span class="text_exposed_show"> <span style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"></span></span></span></span></span> </h5>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYw53fdTI3-hPdD8PZVd2tuRNhuBG3hyphenhyphenOvr9s3cj6EEXCiROj1PZZ_4Zwu5FwgYuiImRzsQ34qGjMbZke4D5BpT5_HwC4y5Nts1QFq_r-RIANs723lMCAvHnpMRDKG5MeYPbkO_KF_pwU/s1600/Capa+sonhar2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYw53fdTI3-hPdD8PZVd2tuRNhuBG3hyphenhyphenOvr9s3cj6EEXCiROj1PZZ_4Zwu5FwgYuiImRzsQ34qGjMbZke4D5BpT5_HwC4y5Nts1QFq_r-RIANs723lMCAvHnpMRDKG5MeYPbkO_KF_pwU/s320/Capa+sonhar2.JPG" width="169" /></a></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrdGm5EtBFatlMgKeeH55RW9CSeHPFBo118F2v7Zwiu7fZq66CJi7qMdr7ARfK1cXNZPeFSU1oDEyil5DDL91KPRhiIaS6_eRRzaTf-tmTrLxwOj0utIDIzXfXFIuA1ZgZk2kE_TONxNo/s1600/Sonhar+com+as+M%25C3%25A3os+01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="226" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrdGm5EtBFatlMgKeeH55RW9CSeHPFBo118F2v7Zwiu7fZq66CJi7qMdr7ARfK1cXNZPeFSU1oDEyil5DDL91KPRhiIaS6_eRRzaTf-tmTrLxwOj0utIDIzXfXFIuA1ZgZk2kE_TONxNo/s320/Sonhar+com+as+M%25C3%25A3os+01.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhibAkePzRVsgKkA8M5MAHguwkCYUJpjnXhjOE9V1gGyiVpRD1V6ml44wqhCe2T9b3XyzYk1TdPidQqLLGRpxoMHM2fbFwSe_aD1a8Q0cZ_bzzVslRK3vld1rg_y62viM0Ow6u3sK78KqI/s1600/Sonhar+com+as+M%C3%A3os+02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="226" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhibAkePzRVsgKkA8M5MAHguwkCYUJpjnXhjOE9V1gGyiVpRD1V6ml44wqhCe2T9b3XyzYk1TdPidQqLLGRpxoMHM2fbFwSe_aD1a8Q0cZ_bzzVslRK3vld1rg_y62viM0Ow6u3sK78KqI/s320/Sonhar+com+as+M%C3%A3os+02.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<br />Tânia regina Contreirashttp://www.blogger.com/profile/00570774968981464356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1587708657303616620.post-11301788476148145982013-09-02T07:31:00.002-03:002013-09-02T08:21:47.125-03:00Arteterapia: a arte de curar pelo delírio<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8pM0NpyLEOVt_rLZ9eFnTyIVTznscl2IPszN6pnZtHp4KLbdToOvlDMsvo-H4uN9IfzU_rJIuFZCnvEr4w7fdqOLe4DbbJlpkpbkRyzOrX3LXyDYIyHb0VgDWkyKQJUHkM2scozzHz3I/s1600/Coguarte.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8pM0NpyLEOVt_rLZ9eFnTyIVTznscl2IPszN6pnZtHp4KLbdToOvlDMsvo-H4uN9IfzU_rJIuFZCnvEr4w7fdqOLe4DbbJlpkpbkRyzOrX3LXyDYIyHb0VgDWkyKQJUHkM2scozzHz3I/s400/Coguarte.jpg" width="290" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Cogumelo artesanal - A arte como delírio</span></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">“Pra
que esse diabo de arteterapia, que pintar e dançar não vai curar ninguém? “. Verdade.
E acredito que a essência da Arteterapia ainda não foi bem traduzida para o
mundo dos obcecados pela compreensão intelectual das coisas. Acho que a minha
definição íntima e profunda da Arteterapia é a seguinte: Arteterapia é a arte de
curar pelo delírio. Enquanto outros profissionais da cura da alma acreditam que
é preciso interpretar os delírios, o arteterapeuta de alma sabe que os delírios
precisam ser vivenciados. Que adoecemos sem eles. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Que a dimensão delirante do ser humano é real,
de uma realidade íntima e pessoal. É preciso ressuscitar essa dimensão
delirante nos pacientes. E buscar compreender o que o próprio delírio solicita.
E a moça que fez seu auto-retrato <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>com
asas nos pés contou, através de sua arte, o seu delírio de voar, literalmente,
como os pássaros. Seu delírio não podia ser suprimido. A “cura” se daria através
da realização do delírio. E a moça compreendeu que as suas asas estavam na
cabeça. Era o delírio as suas asas. E voou longe, alto, ruflando as asas leves dos
devaneios.</span></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Às
vezes o arteterapeuta precisa ajudar o paciente a não temer os delírios,
mostrando que nossa dimensão delirante é fonte de vitalidade, inspiração, criação,
ineditismos. Os jovens que penam para escrever uma redação escolar ou de
concursos sofrem, como a grande maioria, de falta de imaginação. São pessoas
que não conseguem libertar-se da realidade desidratada O mundo não passa
daquilo que seus olhos físicos enxergam. E já trabalhei com eles, constatando
que o problema resume-se essencialmente na falta da imaginação. Alguns
confessaram que não sabiam imaginar. Criamos pela imaginação. Executamos o que
foi concebido pelo delírio. Sem delírio, deixamos de exercitar a parte nossa que
mais nos une à nossa divindade: a criação! A criação real, inédita! O delírio!</span></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Lembrando
aqui da oficina Sonhar com as Mãos, que caminha nesse sentido. No delírio estão
contidos símbolos sagrados para a alma do delirante. A educação oficial não
investe no delírio. Nas minhas aulas de teatro tenho agradado e sendo reconhecida
como talentosa para representar, sem experiências anteriores de teatro. E isso
se deve (eu não sabia desse meu talento) ao fato de a Arteterapia, na forma que
acredito, ensinar o delírio, a imaginação como caminho de cura.</span></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Lembrei-me
de repente da frase de Jung que uso junto com minha logo: “Em todo adulto
espreita uma criança – uma criança eterna, algo que está sempre vindo a ser,
que nunca está completo, e que solicita atenção e educação incessantes. Essa é
a parte da personalidade humana que quer desenvolver-se e tornar-se completa.”
Acredito profundamente nisso. E por isso, A Arteterapia ajuda na cura da
criança ferida do adulto.</span></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Nossas
feridas vêm. Muitas vezes, de longe. É o nosso bicho interno, nosso animal
ferido que abandonamos e relegamos a um reino inferior. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Em nós, humanos, temos todos os reinos: mineral,
vegetal, animal. Mas não damos vozes aos que querem expressar-se como uma
amendoeira ou como um capim. <span style="background: none repeat scroll 0% 0% white; color: #333333; font-size: 10pt;">Voze<span style="font-size: small;">s que urram, rugem. Gorjeiam. O
Sonhar com as mãos trabalhará os reinos mineral, vegetal, animal, buscando encontrar
a nossa voz relacionada a cada etapa.</span></span></span></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white; color: #333333;">Bem,
uma ambiência de sonhos, um chamado da música- do- fazer- sonhar e a vivência
de sonhar com as mãos de forma mágica, a máscara-palavra dando espaço para
adentrarmos no território virgem de palavras. A dimensão da não- palavra</span></span></span></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 303.0pt;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>.</span></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 303.0pt;">
<br /></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 303.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">E para concluir, acredito também que a Arteterapia
cura ao possibilitar que exerçamos a nossa maior vocação divina: a de
criadores. Toda criação, a rigor, é uma revelação, penso eu. </span></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 303.0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 303.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">E mais convite pra essa aventura do sonhar. sonhemos com as mãos? </span></div>
Tânia regina Contreirashttp://www.blogger.com/profile/00570774968981464356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1587708657303616620.post-60156846532410119602013-08-31T15:59:00.000-03:002013-09-02T08:24:24.769-03:00Bem-vindos ao sonho!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYOuQeuUiQmYl66kdrvfOYCRTAivoiyJj2XpbvLa4PAaLVRWng8IKJXv4oE6tJaDg8cwuaybIpcr4Udkf2rADJQqYJp7c64NKaiV6f8ILosAE_qdkUHO0WuC3YG6fv46xE476-ryr8bwA/s1600/M%25C3%25A3os+on%25C3%25ADricas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="362" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYOuQeuUiQmYl66kdrvfOYCRTAivoiyJj2XpbvLa4PAaLVRWng8IKJXv4oE6tJaDg8cwuaybIpcr4Udkf2rADJQqYJp7c64NKaiV6f8ILosAE_qdkUHO0WuC3YG6fv46xE476-ryr8bwA/s400/M%25C3%25A3os+on%25C3%25ADricas.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Muito já foi dito sobre a oficina Sonhar com as Mãos. Os textos anteriores buscam traduzir um pouco da sua essência. A partir de segunda-feira, dia 2/9, as inscrições estarão abertas. Gostaria, contudo, de lembrar que essa primeira oficina do Sonhar abre um caminho que trilharemos com a oficina do Sonhar nº 2, onde trabalharemos a Palavra Encantada. Nesse primeiro momento, vivenciaremos o território da não-palavra. No segundo Sonhar, trabalharemos a palavra com o onirismo de que foi despojada. Agora é sonhar. Buscar estreitar as fronteiras que nos separam da dimensão noturna, onírica, e sonhar acordados, com as mãos, sobretudo. Aos que estiverem dispostos a viver essa aventura, aproximem-se. Um mundo de sonhos espera por vocês. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dia 5/10/2013<br />
Horário: das 08 às 12<br />
Investimento: R$ 160,00<br />
Para os que se inscreverem até o dia 5 de setembro: R $120,00</div>
<h5 class="uiStreamMessage userContentWrapper" data-ft="{"type":1,"tn":"K"}">
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}"><span class="userContent"><span class="text_exposed_show"> <br /> <span style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">As inscrições poderão ser feitas através do e-mail trcontreiras@gmail.com, com o envio do comprovante de depósito.<br /> <br /> Caixa Econômica Federal - Ag: 1236 OP 013 Conta-poupança: 110635-8 <br /> <br /> Vagas limitadas. Reserve sua vaga por e-mail.</span></span></span></span></span></h5>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFzGyoyxAf4_OGAnyO8capJnc63gZvvr1mLi0wUvhp8jc8PZikt5B1w-pWBoi1AhIuj7k5IAtf102Oa1vvUQuyhYGorWvMsNfYBZ9FkYZHU0tHdsZRv-OGoKo4apNYS_Ps3XJQx4L0lJk/s1600/Capa+sonhar2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFzGyoyxAf4_OGAnyO8capJnc63gZvvr1mLi0wUvhp8jc8PZikt5B1w-pWBoi1AhIuj7k5IAtf102Oa1vvUQuyhYGorWvMsNfYBZ9FkYZHU0tHdsZRv-OGoKo4apNYS_Ps3XJQx4L0lJk/s320/Capa+sonhar2.JPG" width="169" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
</div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAzq9isNiHSePuptzf6ssYiXM47wLMCnkVxdfzJAnZJnvAcr9SthLzdAonAi0kFja0b248ZXeSenXqgVjCplGBZAW-oJpdfFvJjr6DDF9gmFIWCOC3ari_LnaIwzwP6h67HcVMZvm0Prc/s1600/Sonhar+com+as+M%C3%A3os+01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="226" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAzq9isNiHSePuptzf6ssYiXM47wLMCnkVxdfzJAnZJnvAcr9SthLzdAonAi0kFja0b248ZXeSenXqgVjCplGBZAW-oJpdfFvJjr6DDF9gmFIWCOC3ari_LnaIwzwP6h67HcVMZvm0Prc/s320/Sonhar+com+as+M%C3%A3os+01.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvXNvHUr-aqtJmbuu3c7hLY99C_5FVKDD45DdnccC6WoATrievDWYNLfFwp17e82CDLP9OW3X9sfu1uDSIaEYHMExH_xL2vujIc3PceeLwwxod6e28DaZPMBC43H4d4tLQwDA2snfqqU0/s1600/Sonhar+com+as+M%C3%A3os+02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="226" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvXNvHUr-aqtJmbuu3c7hLY99C_5FVKDD45DdnccC6WoATrievDWYNLfFwp17e82CDLP9OW3X9sfu1uDSIaEYHMExH_xL2vujIc3PceeLwwxod6e28DaZPMBC43H4d4tLQwDA2snfqqU0/s320/Sonhar+com+as+M%C3%A3os+02.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Tânia regina Contreirashttp://www.blogger.com/profile/00570774968981464356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1587708657303616620.post-76883613864922345382013-08-30T01:28:00.000-03:002013-09-28T13:08:42.692-03:00Ponte para a linguagem dos sonhos (Oficina Sonhar com as Mãos)<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEha1EtwP1m_PmnV0djyJTJMJVCEiuIV5iQWKPQUorbhkDVI-053Giqjt4rCx4fY-BmgqlYlt4yDErlaFFCaJh42U7g-ReRHz_Dg4aJla45TZIhxbAgEpdfxCQ-gna2gTy3Tno_AtBOuMZk/s1600/Bicho.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="245" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEha1EtwP1m_PmnV0djyJTJMJVCEiuIV5iQWKPQUorbhkDVI-053Giqjt4rCx4fY-BmgqlYlt4yDErlaFFCaJh42U7g-ReRHz_Dg4aJla45TZIhxbAgEpdfxCQ-gna2gTy3Tno_AtBOuMZk/s400/Bicho.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
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<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A linguagem abafou a voz. A voz verdadeira,
essa que não encontra palavras que lhe sirvam de passagem. Na Arteterapia me
pediram pra emitir o meu som, cantar a minha canção e dançar a minha dança. Eu
não sabia que existiam dentro de mim. Eu não sabia se conseguiria. Mas eu quis
tentar. Um pássaro cantou suavemente pela minha boca. Um canto inédito. Um
mundo novo mostrou-se aos poucos. Nós somos apenas o invólucro do Mistério. E
ele não se revela através de uma única linguagem, um único padrão. Ele silva,
gorjeia, urge, brade... Ele se mostra no falso ilogismo <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>das linguagens oníricas. Ele transforma a vida
num assombro – aquele que nós perdemos ao desenvolvermos sobre os olhos a
catarata do desencanto.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Bachelard mais uma vez e sempre:
primeiro sonha-se, depois se contemplar. O que contemplamos hoje já o sonhamos
antes de algum modo. Mas já não reconhecemos os nossos sonhos quando ele tenta
infiltrar-se em nossa vida arrumadinha, embora infeliz. Essa voz que é a voz da
noite, desconhecemos. Embora seja ela a nossa voz original. Precisamos debulhar
as palavras, descosturá-las, dissolvê-las, até que encontremos o primeiro sinal
da nossa voz primal, da nossa voz original, e diminuir a distância entre os
mundos diurno e noturno. Até que possamos ficar mais inteiros.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A 1ª oficina Sonhar com as Mãos
será o primeiro passo dado em direção à Palavra Encantada – foco de nossa 2ª
oficina do Sonhar, dando prosseguimento à primeira. E a proposta foi concebida
de modo a trabalharmos o nosso lado direito do cérebro, nossa intuição,
criatividade, originalidade. Para isso, é necessário que possamos continuar
buscando a nossa própria voz no território da não-palavra. As mãos serão o
nosso instrumento de materialização de sonhos. Mas não sonhos padronizados,
sonhos condicionados: serão nossos sonhos únicos e reais.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não, essa não é uma aventura para
qualquer um. O Sonhar com as Mãos é um convite àqueles que buscam defrontar-se,
sem medo, com o seu verdadeiro eu, multifacetado, mas nem por isso sem
harmonia. Não teorizaremos o sonho: viveremos eles!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não estou fora dessa aventura,
muito pelo contrário. Será uma aventura vivenciada por todos nós. Construir os
mais profundos, verdadeiros e exilados sonhos. Entregar-se aos sentidos.
Compreender que pelas mãos olhamos, escutamos, sentimos, aspiramos, inspiramos,
criamos. Já temos a metade das vagas preenchidas, mesmo antes da abertura das inscrições,
no próximo dia 1º. E as reservas podem continuar a serem feitas pelo e-mail <a href="mailto:trcontreiras@gmail.com">trcontreiras@gmail.com</a>. Sonhemos com
as mãos!</div>
Tânia regina Contreirashttp://www.blogger.com/profile/00570774968981464356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1587708657303616620.post-87500098186996403602013-08-27T11:27:00.003-03:002013-08-28T14:08:29.276-03:00Sonhar com as mãos e vivenciar o Mistério<br />
<br />
<br />
<br />
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<i><span style="font-size: x-small;">Arte: Evelyn Patrick</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
“A vida é um
mistério a ser vivido, não um problema a ser resolvido”. Gosto muito dessa
afirmação de Gabriel Marcel. Ela me lembra, de algum modo, uma entrevista que
fiz, há alguns anos, com um competente e sensível psicoterapeuta corporal,
Romero Magalhães, para quem não existem, exatamente, “patologias”, mas tão-somente
processos adaptativos da ainda tão nova espécie humana. Estamos aprendendo.
Adaptando-nos. Evidentemente isso dói e precisa ser cuidado. Sem, contudo,
esquecermos que o “mistério” precisa ser vivenciado.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
No decorrer da minha
caminhada de auto-descoberta, as analogias foram instrumentos fundamentais,
visto que ainda falamos linguagens diversas, aparentemente desconectadas, e as
divergências acabam por deixar meio confusos aqueles que buscam
compreender-se. A linguagem, a palavra, as denominações tantas vezes são a
origem dessa confusão. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mas com empenho e
obstinação, conseguimos, sim, entender que, não raras vezes, estamos falando da
mesma coisa.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Nesse caminhar
de buscas, adentrei cavernas reais. Senti a escuridão não metafórica, mas
literal. Sofri com os alaridos do silêncio e defrontei-me com a serpente sem a
pele do símbolo: ela mesma, ali pertinho, nós duas, quando a necessidade de
acreditar que era possível falar e ser entendida era fundamental. Viver,
literalmente, a escuridão, os fantasmas, os perigos da dimensão noturna foi
importante para reconhecer a força, o vigor do imaginário, da linguagem simbólica
do inconsciente. Longe de desprezá-lo, a vivência real aguçou a minha percepção
e o meu entendimento sobre eles.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Nossas cavernas
simbólicas protegem-nos tanto ou mais que as cavernas concretas. Creio que um
terapeuta precisa ter sempre isso em mente e ter a habilidade de entrar, junto
com aquele de quem cuida, na caverna. Para ajudá-lo a entrar em contato com
essa vida interior, o terapeuta, o cuidador, haverá de – como enfatizou Hycner –
ajudar a liberar “as centelhas sagradas que ficam aprisionadas em cada um de nós”.
Não para que “um problema seja resolvido”, mas para que o mistério da vida
possa ser vivido com mais plenitude. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Escrevo essas
reflexões pensando não em um ou outro “problema” específico dos que buscam
ajuda terapêutica. Estendo meu pensamento à espécie humana. As idiossincrasias
precisam ser compreendidas e acolhidas. Despatologizar a vida. Exaltar o mistério.
Intensificar o olhar para o cotidiano. Tendo a crer que muito do que chamamos
de desequilíbrio, desarmonia, distúrbios etc. não passa de uma impossibilidade
de nos enxergarmos como parte do todo da vida. O terapeuta é, também, um
reverenciador. Aquele que nos auxilia a recuperar a capacidade plena do olhar.
A reverenciar cada momento da vida, devolvendo-lhe as cores. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
A vida é, sim,
um mistério a ser vivido, não um problema a ser extinto. Reaprender a imaginação,
essa dimensão onde recriamos a nossa história. A oficina Sonhar com as Mãos é
um convite a essa aventura – vivenciar o mistério, libertar as centelhas
sagradas aprisionadas, ouvir a canção que ecoa no solo das palavras virgens.
Sonhemos com as mãos! </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Tânia regina Contreirashttp://www.blogger.com/profile/00570774968981464356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1587708657303616620.post-53455677296852594922013-08-23T01:50:00.002-03:002013-09-28T13:11:03.844-03:00Que seja o sonho a nos entorpecer<br />
<br />
<br />
<br />
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgus700oMsr67M6UnwJ4GEm3wom52neKL8pAiWB5yup3xGmOJizPgt49oyTii9laPTQ0vcyKGW5H8wyB82yMb2qtqOCbxpNhy5Ve2vAfNZTV4tQTqA57UgiuoyeOA-PBme94TTY6t28K-4/s1600/Chiara+Fersini8.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="285" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgus700oMsr67M6UnwJ4GEm3wom52neKL8pAiWB5yup3xGmOJizPgt49oyTii9laPTQ0vcyKGW5H8wyB82yMb2qtqOCbxpNhy5Ve2vAfNZTV4tQTqA57UgiuoyeOA-PBme94TTY6t28K-4/s400/Chiara+Fersini8.jpg" width="400" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span class="short_text" id="result_box" lang="en"><span class="hps"></span><span class="hps"><i><span style="font-size: x-small;">Arte: Chiara Fersini</span></i></span></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Vi uma bela imagem fotográfica
que foi batizada, pela autora, como “A origem dos sonhos”. Fiquei, então,
pensando sobre tudo que já lera de sério sobre os sonhos. Nas teorias
divergentes. Na atração que o tema exerce sobre todas as pessoas. E imaginei
comigo que, sendo as pessoas diferentes, devam existir origens diferentes para
os sonhos dos sonhadores. Isso pode ser apenas um delírio poético (sou mais
poeta ou mais arteterapeuta?), mas faz sentido. </span></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Eu pensara de onde tinha vindo o
meu primeiro sonho, sonhado de olhos abertos. E refletia a respeito do
significado que ele poderia ter para nossas vidas. Talvez para o resto de nossas
vidas. E fiz de mim própria meu objeto de reflexão.</span></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Eu poderia dizer que o meu
primeiro sonho acordado, da minha vida de menina, foi uma ação, tinha
movimento: eu girava! Sim, seis anos de idade, sempre procurando ficar sozinha,
para poder “girar”. Eu rodopiava tanto, que não saía do pronto-socorro.
Cicatrizes de tombos fortes que eu tomava girando. </span></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Por que eu girava? Girava porque
adorava ver um mundo feito de borrões coloridos girando com velocidade em torno
de mim. Girava porque eu viajava ao meu planeta e sentia felicidade. Rodava
porque precisava habitar, nem que por instantes, um mundo mais fluido, uma
terra que tivesse a mesma tez que a minha: volátil! Se meus pais tivesse me
levado a um psiquiatra, este me diagnosticaria como autista, muito
provavelmente.</span></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Pensando sobre isso hoje, com um
olhar maduro, terapêutico, eu diria que este, que foi o primeiro, continua a
ser um grande sonho pra mim, que muito me traz felicidades. E para explicar
isso, preciso delirar, sintonizar mais com a poeta do que com a arteterapeuta.
Eu preciso dizer que nunca, jamais me adaptei ao meu mundo. Sempre estive nele
sem estar nele, e assim tem sido por toda a minha vida. É nele em que a criança
gira e a mulher procura entorpecentes suaves para a sua loucura circular.</span></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Se as pessoas – pais e mães
principalmente – compreendessem que os jovens buscam nas drogas a transcendência.
Mesmo que não saibam, eles buscam um mundo cujo ritmo seja menos acelerado,
onde a vibração não seja agressiva. Eu entendo que é preciso compreender que o
mundo não está exatamente numa vibração acolhedora. Desapareceram as substâncias
que já o fizeram mais leves. E os jovens sofrem. Seus egos desconhecem, mas
suas almas sofrem da dor de um mundo sem magia, um mundo dominado pelo
dinheiro, pelo capital. E essa é a maior brecha para a entrada da droga em suas
vidas.</span></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Eu girava. Eles começam, muito
cedo, a fugir do mundo denso através das drogas. Muitos experimentam e
esquecem. Outros permanecem. Há no mundo seres com graus de sensibilidade
diferentes. Eu já sonhei que encontrava um povo cuja alma era vegetal e que se
impregnaram de erupções contagiosas por não agüentarem a densidade do planeta
terra. Eu também fui contagiada e, assim, deduzi que era um deles. Um sonho...</span></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Um sonho que me levou a buscar
coisas leves, belas, divinas em minha vida. Porque, se não as encontrasse,
minha alma vegetal ficaria intoxicada. Uma semana após o sonho, a pele começou
a ficar toda pipocada, de fato. Mesmo com a insistência de alguns, não recorri
a um médico. Eu precisava apenas encontrar algum ponto, uma pequena dimensão,
onde a vibração suave me curasse. E aí entra a arte, a arteterapia e tantas
outras histórias.</span></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">E lembro primeiro do cuidador, os
que, por vocação, curam-se cuidado do outro Minha história de vida sempre
passou por isso. Depois vem o olhar sobre o mito, Abaluaê, o africano; Quíron, o
grego, e tantos outros mitos que encarnam o arquétipo do curador ferido. Minhas
cicatrizes dos giros não nada perto das outras, as internas. Mas meus giros
deixando-me algumas cicatrizes me parece, de alguma forma, significativo. Para
alcançar uma dimensão mais leve, mais sublime, era preciso abrir a carne.
Sempre. Haveria outras formas de sair dessa dimensão densa quando a criança
crescesse. E houve!</span></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">A música me faz girar. O teatro
me faz girar. A poesia provoca giros acelerados. Mas até chegar a essa
descoberta, experimentando muitas promessas de paraíso. E volto a falar dos
jovens de alma vegetal, talvez, brincando um pouco com o sonho. Refiro-me aos
dependentes de drogas. Todas elas, lícitas ou ilícitas. Do corpo e do
sentimento. As ervas, as químicas, os traficantes, a dor dos pais, a morte,
tantas vezes...</span></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Os jovens que recuperam o seu
poder de sonhar acordados, que voltam a sentir o ...enlevo...na vida real, não
se tornam dependentes de drogas, ainda que as experimente eventualmente. O remédio
é a embriaguez dos sentidos, é o encanto que brota dos chãos mais duros da
terra. Os jovens já não sonham verdadeiramente. Já não acreditam no impossível.
O que há é o pesadelo do sistema que cria insatisfações eternas, para vender
felicidade embalada. A vibração desse mundo de guerras, de atrocidades, de
destinos preestabelecidos pelo sistema, pelos pais, pelas escolas, ela
desarmoniza a alma dos jovens e adolescentes. E eles, inconscientemente, buscam
um paraíso. </span></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Cuidemos de reencantar o mundo. De
nos reencantarmos com ele. Voltemos a sonhar. Voltemos, principalmente nós, adultos,
maduros, voltemos a ensinar encantos e felicidade aos nossos meninos. A apontar
uma estrela, a levá-los a um observatório para ver a nossa pequenez e os mundos
que um dia iremos conquistar. Mostremos a eles o arco-íris. Contemos histórias
fantásticas, onde o impossível torna-se possível pela magia. Ensinemos a eles
onde se guarda a magia: dentro de cada um. Nós nos desencantamos, ficamos
prisioneiros do sistema, e contaminamos nossos jovens. Temos o dever de
reencantá-los. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>É absolutamente urgente
que voltem a sonhar, que reaprendam a sonhar.</span></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">A proposta da oficina do Sonhar
com as Mãos abre-se também para pais que estejam dispostos a começar por si
mesmos o aprendizado do devaneio, do sonho, aqueles que sonhamos acordados. Ou
que sonhávamos. </span></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">A primeira oficina trabalhará a
persona, nossa máscara social, conforme as etapas em direção à individuação de
Jung. Contudo, a máscara que trabalharemos inicialmente é a palavra. As
palavras são máscaras poderosas e funcionam, tantas vezes, como cárceres. Não
libertam, aprisionam. Revelam, mas tornam a velar. Sonharemos. Caminharemos
pelo território da não-palavra. Viveremos uma ambiência de sonho. E a Arte
estará sempre presente, a nos lembrar da maior de todas as artes: a Arte de
sermos nós mesmos! Verdadeiramente. Porque só assim seremos felizes.</span></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Na segunda oficina do Sonhar,
dando prosseguimento à primeira, trabalharemos “a palavra encantada”. Um
momento imperdível, que nasceu do fundo da alma, da alma da arte, da poesia. Mais esse é outro papo.</span></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Mas antes de terminar, preciso voltar a falar das
origens dos sonhos. Os seres, por exemplo, de alma vegetal, tem a origem de seus
onde? E sua origem? E a do outro? Seriam a mesma? Sonhemos. Sem palavras
gastas, rotas, puídas, corrompidas. Sonhemos com as mãos, mas nos aventuremos
pelos caminhos dos outros sentidos. </span></span><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjd1RIcBsGM18KATLP1hWdwSyEP-jEMALohbsNCtupOcBZX4pumINdW9GON_u8sYY1qzGejPdZ5s0pBLQIrhn3vGJB9EiYe9gmfFUym_toavnHgRn_ekZNfwWEgX519ZHDyuN58ACSRJeo/s1600/Capa+sonhar2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjd1RIcBsGM18KATLP1hWdwSyEP-jEMALohbsNCtupOcBZX4pumINdW9GON_u8sYY1qzGejPdZ5s0pBLQIrhn3vGJB9EiYe9gmfFUym_toavnHgRn_ekZNfwWEgX519ZHDyuN58ACSRJeo/s320/Capa+sonhar2.JPG" width="169" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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Dia 5/10/2013<br />
Horário: das 08 às 12<br />
Investimento: R$ 160,00<br />
Para os que se inscreverem até o dia 5 de setembro: R $120,00<br />
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<h5 class="uiStreamMessage userContentWrapper" data-ft="{"type":1,"tn":"K"}">
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}"><span class="userContent"><span class="text_exposed_show"><br /> <br /> <span style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">As inscrições poderão ser feitas através do e-mail trcontreiras@gmail.com, com o envio do comprovante de depósito.<br /> <br /> Ag: 1236 OP 013 Conta-poupança: 110635-8 <br /> <br /> Vagas limitadas. Reserve sua vaga por e-mail.</span></span></span></span></span></h5>
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<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-spacerun: yes;"><br /></span></span>
Tânia regina Contreirashttp://www.blogger.com/profile/00570774968981464356noreply@blogger.com0