Foi Lilith
Quem me fez
Rasgar o véu
Rasgar o véu
E me cravou na pele
A insígnia da noite.
Foi ela
Quem me abriu os olhos
Para a poesia escura
Do sangue com a terra
Dos rugidos ecoantes das feras
Sob o domínio noturno
Das fêmeas.
Foi Lilith
Quem abriu a fenda no útero
E dela fez boca.
Só ela, a Lua Escura,
Pôde me fazer entender
Que duas asas são sonhos masculinos
Porque mulheres rememoram
As sete asas com as quais
Percorreram a escuridão
Onde estabeleceram seu reino.
(*Inspirado em produção arteterapêutica)
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